Era uma corrida fadada ao fracasso. Na quinta-feira, não me senti muito bem no treino. Na sexta, a TPM chegou avassaladora e me arriou. Para completar o balaio de gato, já começava a dar os primeiros sinais a depressão natural de fim de férias e o desespero normal de quem está prestes a ficar sem o treinador. Mas isso é assunto para outro post. Aguardem minha disposição.
Fato é que estava inscrita há um tempão para as 5 milhas da Mizuno 10 Miles, que rolou no último domingo. O último domingo das férias. Era um dia para ser reservado exclusivamente à preguiça, por todos os motivos do imagináveis. Sem falar que o tempo estava com uma cara de chuva do cacete. Não sei nem dizer como reuni forças para sair debaixo do edredon, largando meu marido quentinho ali na cama e partindo para o Aterro do Flamengo. Na hora. É, nem me atrasei. Tava tudo muito esquisito nessa corrida.
Lá fomos, eu e Deus. Nenhuma testemunha, nenhuminha mesmo. Treinador estava de ressaca da semana de trabalho puxado. No sábado teve aulão de despedida; ele cobriu manhã e tarde, pediu pra sair. Compreensível. Minha mãe não merece se despencar pro Aterro num domingo tão cedo e frio pra ficar mais de uma hora só pra me ver sair e chegar. E o maridão tava naquela preguicite absurdamente justa, e onde eu achava que deveria ter permanecido. Mas não. Tinha alguma coisa estranha mesmo.
Cheguei no GV zero até antes da hora marcada. Engraçado foi ver a cara de espanto da @ines_rj. Minha fama me precede mesmo! Mas estava ali só de corpo presente. Sentia as pernas pesadas, os olhos estavam cheios de areia. Morta de sono com farofa-fa: essa era eu! Foi dada a largada e eu só pensava que deveria pegar o retorno das 2,5 milhas. E andando! Passei pelo primeiro posto de hidratação, logo depois da primeira milha, sem sede. Nem calor. O que era também deveras estranho, para não dizer surreal. Masss... vamos que vamos! Isso deu coragem para encarar as 5 milhas. Qualquer coisa, eu andava, tá tranquilo. Peguei o caminho da direita, geral me passando. Eu nem aí, fui indo, indo, indo...
O que eu só fui ter noção mais tarde, beeem, mais tarde, é que a corrida foi espetacular para todo mundo. Geral baixando tempo, geral conseguindo bons resultados. Isso explicava aquele monte de gente me passando e justificava um dos meus melhores desempenhos em corrida.
A estratégia que fui montando na cabeça, a cada passada, ajudava a manter o objetivo de não parar, de não caminhar. Depois que desisti de pegar o primeiro retorno, o objetivo era completar cinco quilômetros, ou alguma coisa perto disso - o que significaria passar um pouco da barreira das três milhas da corrida. Por isso, dei uma puxada no freio de mão. Mas cheguei bem àquela altura do percurso. Nem estava acreditando! Resolvi continuar naquele ritmo e só dar um pequeno sprint depois de passar da última milha. Deu certo. Praticamente ignorei o segundo posto de hidratação, porque simplesmente não precisei de água. Peguei o copo, por via das dúvidas, mas só o troquei por outro no último posto, onde achei melhor beber alguns golinhos. Foi a primeira vez que não andei nem para beber água. Legal é que não engasguei!
O tamanho da medalha que recebi na linha de chegada foi diretamente proporcional ao da minha felicidade em conseguir cruzar os 8km e uns quebradinhos (1 milha terrestre corresponde a 1,609 km: faz a contaê) em 1:01 no meu relógio. Só que o tempo líquido oficial foi de 58:47, para minha surpresa!
Valeu muito a pena investir nos treinos duplos durante o mês. O negócio é treinar. Mesmo.
Prestou atenção, Débora?!
Fato é que estava inscrita há um tempão para as 5 milhas da Mizuno 10 Miles, que rolou no último domingo. O último domingo das férias. Era um dia para ser reservado exclusivamente à preguiça, por todos os motivos do imagináveis. Sem falar que o tempo estava com uma cara de chuva do cacete. Não sei nem dizer como reuni forças para sair debaixo do edredon, largando meu marido quentinho ali na cama e partindo para o Aterro do Flamengo. Na hora. É, nem me atrasei. Tava tudo muito esquisito nessa corrida.
Lá fomos, eu e Deus. Nenhuma testemunha, nenhuminha mesmo. Treinador estava de ressaca da semana de trabalho puxado. No sábado teve aulão de despedida; ele cobriu manhã e tarde, pediu pra sair. Compreensível. Minha mãe não merece se despencar pro Aterro num domingo tão cedo e frio pra ficar mais de uma hora só pra me ver sair e chegar. E o maridão tava naquela preguicite absurdamente justa, e onde eu achava que deveria ter permanecido. Mas não. Tinha alguma coisa estranha mesmo.
Cheguei no GV zero até antes da hora marcada. Engraçado foi ver a cara de espanto da @ines_rj. Minha fama me precede mesmo! Mas estava ali só de corpo presente. Sentia as pernas pesadas, os olhos estavam cheios de areia. Morta de sono com farofa-fa: essa era eu! Foi dada a largada e eu só pensava que deveria pegar o retorno das 2,5 milhas. E andando! Passei pelo primeiro posto de hidratação, logo depois da primeira milha, sem sede. Nem calor. O que era também deveras estranho, para não dizer surreal. Masss... vamos que vamos! Isso deu coragem para encarar as 5 milhas. Qualquer coisa, eu andava, tá tranquilo. Peguei o caminho da direita, geral me passando. Eu nem aí, fui indo, indo, indo...
O que eu só fui ter noção mais tarde, beeem, mais tarde, é que a corrida foi espetacular para todo mundo. Geral baixando tempo, geral conseguindo bons resultados. Isso explicava aquele monte de gente me passando e justificava um dos meus melhores desempenhos em corrida.
A estratégia que fui montando na cabeça, a cada passada, ajudava a manter o objetivo de não parar, de não caminhar. Depois que desisti de pegar o primeiro retorno, o objetivo era completar cinco quilômetros, ou alguma coisa perto disso - o que significaria passar um pouco da barreira das três milhas da corrida. Por isso, dei uma puxada no freio de mão. Mas cheguei bem àquela altura do percurso. Nem estava acreditando! Resolvi continuar naquele ritmo e só dar um pequeno sprint depois de passar da última milha. Deu certo. Praticamente ignorei o segundo posto de hidratação, porque simplesmente não precisei de água. Peguei o copo, por via das dúvidas, mas só o troquei por outro no último posto, onde achei melhor beber alguns golinhos. Foi a primeira vez que não andei nem para beber água. Legal é que não engasguei!
O tamanho da medalha que recebi na linha de chegada foi diretamente proporcional ao da minha felicidade em conseguir cruzar os 8km e uns quebradinhos (1 milha terrestre corresponde a 1,609 km: faz a contaê) em 1:01 no meu relógio. Só que o tempo líquido oficial foi de 58:47, para minha surpresa!
Valeu muito a pena investir nos treinos duplos durante o mês. O negócio é treinar. Mesmo.
Prestou atenção, Débora?!
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