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    sábado, novembro 5

    Finalmente, 10k

    A-ha, u-hu / Perimetral é nossa!
    Desde a gracinha nas 10 Milhas Garoto, em agosto, que me rendeu dores constantes na lombar, venho treinando aos trancos e barrancos para cumprir minha meta na corrida deste ano - fazer 10k sem caminhar. E tudo isso com o treinador a distância, o que faz com que a gente perca aquele empurrãozinho fundamental para seguir em frente, superando esses obstáculos que teimam em surgir no nosso caminho. Enfim, sobre esse período meio turbulento de treinos eu até já falei num, post anterior...

    Chegada a hora, a Lei de Murphy resolve estacionar. Bem na semana da prova, bateu um desalento, um desânimo quase incontrolável. Acho que era puro cagaço.Conversei com o treinador; já havia rolado um mega apoio naquela prova de 9k em Niterói. Mas aquela sensação estranha continuava, e os números nos treinos não estavam ajudando. Foi uma queda significativa nos resultados e, até agora, não sei se puramente por medo, cansaço, calor ou tudo junto e misturado. Não sei. Até via Facebook rolou aquela orientação psicológica, mas eu continuava tensa.

    Rio de Janeiro já a 40ºC, eu me borrando de não conseguir cumprir minha meta. Minha fixação, naquela semana, foi com os sites de previsão de tempo. Garantiam chuva para o fim de semana, com nuvens espessas e queda na temperatura começando na sexta. No sábado, o céu ainda estava de brigadeiro. Calor exalando. E toca pegar kit aqui, ali, dia chato, negócio de velório do amigo do marido... E nada de conseguir falar com treinador. Manda SMS, liga. ele não etende; ele liga, eu não escuto o celular tocar. Foi gato e rato, viu. Resultado: fui correr em pânico, sem minha preleção, confiança zero.

    Por volta de quatro da matina, acordo com um barulho de deixar cabelo da nuca em pé. São Pedro estava providenciando aquela mudancinha de clima pra mim, cheio dos exageros. Caiu um puta temporal no Rio. Pensei que a corrida ia babar. Resolvi nem levantar da cama para espiar pela janela; virei pro lado e peguei no sono de novo, porque né. Levantei às 5h30, com um dia lindo: nuvens pesadas, ventinho frio e asfalto molhado.

    Nunca corri na chuva. Pelo menos não numa chuva de molhar tênis, meia e tudo mais. Só peguei garoazinha uma ou duas vezes em treinos e uns pinguinhos de nada na WRun. Peguei o caminho do Aterro, encontrei cazamiga e pernas pra que te quero. A essa altura, as nuvens já sumiam do céu e o sol começava a dar as caras, embora um tanto pálido. Dada a largada, a gente vai se desvencilhando dos outros; gosto de correr sozinha, prefiro que não me puxem e, muito menos, que me empurrem. Mas, desta vez, Aline ficou ali ao alcance dos meus olhos. Explico: estávamos as duas para fazer os 10k. A esperta aqui deu uma de Isabel Cristina (piada interna, sorry) e nem olhou o percurso no site do circuito. Achei, não sei por que cargas d´água, que seria igual aos demais 10k que rolam pelo Aterro. Que nada... Tinha surpresa à minha espera.

    Fomos em direção ao Santos Dumont. Pensei "beleza, daqui a pouco pinta o retorno". Tô vendo aquela massa de corredores subindo a perimetral, lá longe, e ninguém voltando pela outra pista. Imaginei que eram todos atletas de 21k. Um minuto depois, vi que era um absurdo aquela linha de pensamento: "como assim NINGUÉM nos 10k". Aquilo começou a me dar uma neura. "Putaquepariu, perdi o retorno, caralho". "Quê que eu vou fazer, MELDELS; 21k eu morro no meio do caminho, cacete". Procurava a Aline e ela estava ali, logo à minha frente. "Estou no caminho certo"! Mas como?! A organização da prova resolveu dar um presentinho pros corredores: subir a perimetral. Presente de grego, néam?!

    Momento de hidratação
    O retorno, em 5k, era ali na altura do cais do porto. Era também onde estava o primeiro posto de hidratação. O que eu, bufando horrores, achei um absurdo. O sol não castigava, mas também não dava um refresco não. Manter a frequência cardíaca em 85% na subida, nervosa e já sentindo os primeiros sintomas de calor não estava nada fácil. E eu não podia andar, né. Tava no "contrato". Encarei subida e tudo, que, graças ao bom pai, não era assim tão íngreme, mas deixava quem está nada acostumada bem desgastada. O resultado do esforço, na planilha do meu Garmin, é de morrer de rir...

    Claro que água eram dois copinhos - um para dentro e o outro para a cabeça. A boa notícia é que dali para frente começaria a descida. Embora o cansaço diminua, os cuidados precisam ser quase os mesmos que na subida, para evitar lesão. Não dá para empolgar e pensar que "pra baixo todo santo ajuda". Quando dei por mim, já chegava aos 8k, em novo posto de hidratação. Solzinho mais animado. Tentei aumentar o ritmo quando saí da perimetral e peguei o plano do Aterro. Mas estava cansada e tive medo de quebrar e botar tudo a perder. Tentei controlar o ritmo de maneira que ficasse beeeem confortável. Ficou tão confortável que cheguei, 1:15 depois da largada, parecendo que tinha andado 100 metros. Leva a mal não...

    Liguei para marids, para minha mãe e mandei um torpedão pro treinador. A resposta veio rápida. E muito bacana:
    Muito feliz por você! Mais uma meta que você alcançou... Isso prova sua força. Foi uma vitória sua e fico satisfeito em ter participação nela! Que esse momento fiquei de lição na sua vida... quando você quer uma coisa de verdade, você consegue, basta ter coragem para encarar os desafios! Parabéns!
    Diogo da Matta
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