Isso que dá

Não entendo o que leva as pessoas a carregarem seus celulares para o banheiro.

Liguei para uma fonte agorinha mesmo. O cara atendeu, meio esbaforido. E, sabe como é, banheiro tem um som ambiente bem característico, especialmente os públicos, fora de casa. Dá uma espécie de eco que não escapa do aparelho.

— Olá, fulano! Aqui é a Débora, do Jornal da Zona Norte! Você pode falar agora? É sobre "aquela" matéria que estamos querendo fazer há algum tempo...
— Ah, sim! Tudo bom, Débora? Eu falo com você sim...

E aquele eco insuportável e

— Mas olha só, me dá uns minutinhos e liga pra esse número...

Momentos depois, ligo.

— Alô? Fulano?
— Não, não é o Fulano. Só um instante que vou chamar... Quem deseja?
— É Débora, do JZN...

O cara deixa o telefone em cima da mesa (outro barulho horroroso...) e dá pra ouvir o "monólogo":

— Toc, toc, toc... Fulaaano!!!! Telefone pra você!!!

Silêncio.

— É a Dééébora, de um jornal aí!

Silêncio. Atendem o telefone:

— Alô...
— Oi, Fulano...
— Não, não é o Fulano... Ele tá "ocupado"... pediu pra você ligar em 15 minutinhos...

Cagada cronometrada!

11:59