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    quinta-feira, abril 3

    Pseudodengue

    O despertador tocou, eu não sentia nada. Não sabia onde estava nem que barulho era aquele. Até que tentei abrir os olhos. De súbito, percebi todo o peso do meu corpo; cada centímetro, cada junta. A dor foi única, como se um piano de cauda tivesse caído sobre mim, do 25º andar.

    Não tentei mexer mais músculos do que os necessários para movimentar o globo ocular. São seis pares, conforme pude pesquisar mais tarde. Resolvi ficar quieta, para ver se a dor passava. Tentei lembrar se havia levado uma surra de madrugada. Minha última lembrança era de Mick St. John, um detetive vampiro estilo noir, que acabara de encontrar um meio de se tornar humano temporariamente.

    O tempo passou, não dei as caras na sala; minha mãe foi me chamar. Gemi alguma coisa a respeito da dor. Acho que ela falou algo sobre dengue, ligar pro jornal, pro Márcio, pro Papa, sei lá. Pedi um Tylenol, santo remédio. Uma hora depois, pra lá de atrasada, consegui me levantar. Àquela altura, a sensação era de ter participado de uma maratona. E ter ganho de um queniano.

    Já lembrava, inclusive, de ter levantado no meio da noite para passar um fax. São sintomas da dengue? Nem quero saber. Se tive o mínimo de forças para trabalhar, vou partir agora mesmo pro spinning!
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    Item Reviewed: Pseudodengue Rating: 5 Reviewed By: Debora
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