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    segunda-feira, junho 16

    Pé no chão

    Os rochedos brancos de Dover, terra natal de uma tal Joscelyn Eve Stoker, devem ter estremecido há 21 anos, quando o bebê que seria conhecida como Joss Stone chorou pela primeira vez. Loira, riponga e dona de uma voz 'negra', a inglesinha de apenas 17 anos que chegou ao mercado fonográfico com o CD The soul sessions (2003) foi exaustivamente comparada à voz branca do blues, Janis Joplin. Mas o que o público viu no palco do Vivo Rio na última sexta-feira, 13, foi muito mais do que uma Janis Joplin do século 21.

    Se a cantora americana pediu para ressuscitar, foi muito bem atentida pelo cara lá em cima. Dispensou a melanina — que cai muuuito bem no es-pe-ta-cu-lar trio de backing vocals, formado por duas mulheres e um homem, que a acompanha — e, desculpem a sinceridade, a baranguice. Confesso que tive medo, mas na primeira levantada de braços que a moça deu no palco, respirei aliviada: existe Pello Menos para a nova diva do blues!

    Pelas suas entrevistas por aqui — ela se diz muito caseira; gosta de passar o tempo com a mãe e o irmão e ouvindo música e cantando, por exemplo —, há uma esperança de que a moça tenha juízo e mantenha os pés no chão não somente para cantar, mas também na vida, e se cuide...

    A pontualidade britânica ficou a cargo da banda de abertura, a carioca Dughettu. Depois de abrir os shows da cantora americana Lauryn Hill, do rapper Akon — ambos no mesmo Vivo Rio — e de dar o tom ao desfile da grife Daspu no Fashion Rio, o trio de hip hop formado pelo rapper Marcello Silva, o DJ Nino e o guitarrista (e cantor) Marquinho O Sócio, mandou muito bem na abertura para Joss Stone. Show curto e objetivo que deu muito bem o recado da banda, uma agradável mistura de hip hop, soul e jazz. Gostei!

    "Estou aqui para cantar o que vocês quiserem ouvir".

    A frase, dita logo no início do show, serviu para reforçar a simptia da cantora, que por várias vezes deu mostras de ter se encantado com os fãs cariocas que lotaram a casa de espetáculos no Centro do Rio. Longe de ser 'média', Joss Stone REALMENTE atendeu a vários pedidos gritados pela multidão. Chegou, no bis, a entoar, a capella, uma música que eu, na minha ignorância acerca do repertório — do set list improvisado só conhecia bem as óbvias Super Duper Love, da trilha do filme Bridget Jones: No Limite da Razão, e Baby Baby Baby, da novela 7 Pecados — simplesmente não sei dizer o nome, lamento.

    O público, por sua vez, era extremamente eclético. Tinha da juventude mal educada que literalmente transita sob a lona do Circo Voador até alguns casais que se não passaram a adolescência curtindo miss Joplin chegavam bem perto disso. De tudo um pouco, havia gente ali apenas para conferir o primeiro de uma provável série de shows da cantora em solo brasileiro, até os fãs mais ardorosos, berrando estridentemente a cada sorriso da cantora, que parecia surpresa e agradecida pela receptividade na casa lotada. Sem falar nos muitos artistas, de um filo diferenciado na escala animal, vale ressaltar.

    Senso comum — além das máquinas fotográficas captando tudo o que fosse possível —, foi a sensualidade quase 'Anita' da cantora. Pelo menos na opinião dos barbados que estavam à minha volta. Colecionei comentários tipo 'a mulher é um furacão', 'você viu aquela pulseira na mão dela?' (como assim, homem reparando em detalhes???), 'o cabelo dela é igualzinho ao da Gisele Bündchen', 'pô, faz uma tatuagem no pé igual à dela'... e por aí vai. Então tá.

    Pra fechar, divido com vocês a letra da música que a-do-rei, muito embora, na hora, o ar-condicionado central do Vivo estivesse desligado (economia absurda pelo preço que se paga pelo ingresso... parece que eles ficam no liga-desliga, tipo freezer de supermercado) e não houvesse condições de fazer o que a música mandava, já que o suor escorria pelas minhas costas.
    ****
    PUT YOUR HANDS ON ME
    I guess I'm picky with love
    Well baby I give it up it's you I choose
    And don't keep me waiting
    This girl's got things she needs to do
    Oh if I was blind, you'd help me see
    If I lost my mind, you'd find it for me
    Speak on it babe tell me what do you need
    Because all I need is for you to love me baby
    Put your hands on me baby
    Put your hands on me baby
    You got me flipping
    Put your hands on me baby
    Put your hands on me baby
    Can't stop my mind from thinking of you
    How am I supposed to function
    Got me feelin' for your lips on my kiss
    All night, never want no other lover
    Baby I'm hungry
    I want and I need
    Bring me your sugar
    And pour it all over me baby
    Put your hands on me baby
    Put your hands on me baby
    You got me flipping
    Put your hands on me baby
    Put your hands on me baby
    Up till now my eyes could see
    Touch me once and it's all hazy
    I don't know why and I don't know how
    But somehow some way you got me
    I can't explain can't comprehend the world could reacht its very end and
    all I focus on is him
    The way he moves, he found his groove there's nothing left to do but tell the world the truth
    Cause there's no way out
    I love himI feel him
    Oh I'm lovin' those hands
    Put your hands on me babyYou got me flipping
    One more time
    Put your hands on me baby
    Put your hands on me baby
    One taste I'm trippin
    Just kiss me baby, tell me you're mine
    Put your hands on me baby
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    Item Reviewed: Pé no chão Rating: 5 Reviewed By: Debora
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