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    quarta-feira, junho 24

    Fugiu...

    O motorista que dirigia o carro em que estava o presidente do STF, Gilmar Mendes, nesta terça-feira, no Rio, provou em duas ocasiões ter muita habilidade ao volante. Na entrada e na saída da Fundação Getúlio Vargas. Ele precisou acelerar e fugir, em desabalada carreira, na Praia de Botafogo, para escapar do assédio indignado de jornalistas e estudantes que se concentravam no local em protesto contra o fim da exigência do diploma em Jornalismo para a prática da profissão.

    Meia hora antes das 17h, quando estava previsto o início de uma palestra que o ministro faria na FGV sobre administração no Poder Judiciário, os manifestantes iniciaram a concentração e o protesto terminou por volta das 19h30, com a saída em disparada de Gilmar. Nesse período, pelo menos 15 PMs e guardas municipais ficaram no local.

    Os manifestantes permaneceram numa espécie de vigília em frente à Fundação, concentrando as críticas no presidente do STF. Gritavam palavras de ordem como “Jornalista diplomado é igual a advogado” e lembravam que “jornalista não é capanga”, em referência a palavras do ministro Joaquim Barbosa que em discussão com Gilmar Mendes, durante sessão no STF, disse que não era um de seus capangas.

    Os estudantes se revezavam no megafone e insistiam em chamar o presidente do Supremo de “Gilmar Dantas”, em relação ao banqueiro Daniel Dantas, preso pela Polícia Federal e e posto em liberdade por habeas corpus concedido em duas ocasiões pelo ministro. “O ministro Joaquim disse também que Gilmar ‘Dantas’ mantém escravos em sua fazenda. E é isso que ele tem de entender: jornalista não é escravo”, reclamou o estudante Claudio Neves, que de megafone em punho passou a gritar: “Ô Gilmar Dantas, pode esperar, sua hora vai chegar!”

    Os estudantes anunciaram disposição de participar de outras manifestações de repúdio contra a decisão do STF. “Espero que os estudantes e os jornalistas não dêem paz ao Gilmar Mendes, enquanto ele continuar a desrespeitar as profissões, enquanto valoriza medicina e engenharia e só inclui advocacia por corporativismo”, disse Cesar Araújo, vendedor de livros, que parou alguns minutos para se solidarizar com a manifestação.

    O repórter fotográfico Alberto Jacob Filho (foto), diretor do Sindicato e presidente da Arfoc-Rio, participou da manifestação vestido de cozinheiro, parodiando a comparação feita por Gilmar Mendes desta profissão com a de jornalista.

    Do SJPMRJ
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