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    segunda-feira, maio 17

    Preju

    Por causa da cagada do Eurostar, fiquei tensa. Dormi praticamente a viagem toda. O Márcio disse que cheguei roncar. Juntou o cansaço com o estresse, não gostei nadica de nada da primeira impressão que tive de Paris. Horrible!

    Descemos na Gare du Nord, pertinho do hotel que tinha bookado. Nosso primeiro contato foi com uma bósnia pedindo dinheiro com um papel escrito em inglês. Assustou. Era umas 16h, véspera de feriado na capital francesa, como viríamos descobrir um pouco mais tarde. Muita gente na rua, a maioria saindo já do trabalho. E muita gente mamada ali por perto também. Homens bêbados e pessoas pedindo dinheiro na rua. Não era o que eu imaginava ver logo de cara em Paris!

    Para melhorar a situação, a orientação do site do hotel era complicada. Não conseguíamos nos achar. Perdidos e com medo de falar com os franceses por causa dessa lenda de que eles não falam inglês e que são blasés pra cacete, ficamos rodando por ali para tentar achar o hotel. Nada. Resolvemos pedir ajuda para um rapaz negro. Senegalês, graças a Deus, e falava português e francês, mas não conhecia a rua que queríamos. Ficou com a gente, entrando e saindo d hotéis para perguntar se conheciam o nosso.

    Paramos do lado de dois rapazes enquanto nosso amigo senegalês tentava descobrir para onde devíamos ir. Um deles vira-se e pergunta se somos brasileiros. Porque eles eram. Leandro foi um dos nossos primeiros achados aqui na Cidade Luz. Trabalha em uma construção e estava indo para casa. Nos acompanhou até a porta do hotel, depois de dispensar o senegalês de boa vontade, coitado. Entre uma parada e outra, perguntando aqui e ali, ainda achamos a Aline, outra brasileira que veio tentar melhorar de vida aqui, enquanto o Leandro ia nos contando sua história de vida e dando dicas para os próximos dias:

    - Pardon serve para desculpe e dá licença. E bon jour é pra bom dia e boa tarde. Bon soir, só quando fica escuro!

    - Sou de Minas, mas já morei no Rio, na Baixada. Eu era motorista de ônibus e vim pra cá mudar de vida. Tô conseguindo. Quando voltar pro Brasil, vou comprar um caminhão.

    - Compra bilhete de turista, pra uma semana, que serve para trem, RER, metrô e ônibus. Mais rápido e mais barato para vocês!!!

    - Fica com medo de falar com francês não! Tem gente bacana e gente mal educada no mundo todo; aqui só não é diferente. O problema é que muitos deles não sabem falar inglês, só isso...

    E assim, o Leandro ajudou a começar a mudar aquela falsa primeira má impressão de Paris!
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