O problema é que só cabiam (com muita boa vontade) quatro mil. Ou seja, duas mil pessoas ficaram de fora, o que gerou problemas diversos para quem estava na fila para comprar seu ingresso. Recebemos alguns e-mails comentando a falta de organização na compra dos ingressos no Circo e falando sobre vários incidentes por conta disso.
Desde o primeiro show que os Perdidos fizeram no Ballroom, em dezembro de 2000, a banda faz esse esquema de lista na porta para quem estiver nela pagar menos. Nunca deu problema de alguém não estar nela ou de ficar do lado de fora. Até mesmo os que nos enviam fora do prazo que a gente pede, exatamente para todo mundo poder ir, entram na lista. Mas nunca enfrentamos uma situação como a de sexta. Usamos esse sistema de lista tem quase cinco anos. E já fizemos isso no Circo em março (que deu tudo certo), Ballroom, Garden Hall, Hard Rock Cafe, entre outras. Os problemas foram dois: primeiro que havia o equivalente a dois Circos para nos assistir e ninguém esperava por isso.
Quando, em nossa mais otimista avaliação, imaginaríamos que seis mil pessoas fossem querer nos ver num feriado? Só para servir como base de cálculo, em março havia sido vendido em torno de 350 ingressos antecipados. Dessa vez, pouco antes de abrir soubemos que mais da metade já havia sido vendido. O próprio Circo falou que isso nunca aconteceu na casa antes. Segundo que sempre falamos para todos comprarem com antecedência ou chegarem cedo pra comprar sem sufoco, exatamente porque a lista é a garantia de desconto de quem recebe nossos emails, e não de reserva de ingresso. Mas acho que o pior de tudo foi a forma (de acordo com os emails que recebemos) como a segurança e os bilheteiros da casa trataram o ocorrido. Falaram que a culpa era da banda, que não havia lista, ou então que havia só uma cota para a lista. Tudo isso é inverdade, pois nunca fizemos isso e não seria agora que começaríamos a fazer. Seria um descaso e uma traição com a galera que sempre foi nos nossos shows.
A partir daí foram desencadeando zilhões de outros problemas: segurança e bilheteiro destratando as pessoas, falta de informação dos funcionários, boatos sobre existir venda apenas para quem pagasse inteira (a banda tem uma pessoa de 100% confiança lá só para ficar de olho para ver se há algo de errado sendo feito), cambistas fazendo a festa do lado de fora com a polícia assistindo a tudo...
Assim como quem ficou barrado ficou chateado, nós também ficamos realmente mal, pois alguns de nossos melhores amigos também ficaram impossibilitados de entrar, além de contratantes, jornalistas, artistas e fãs. E era gente de Nova Iguaçu, Campos, Sepetiba, Vitória, São Paulo... Longe pacas, que foi ao Circo só por causa do show. Acredito que ninguém possa ter idéia do que passamos durante aquelas horas de confusão, mas tentamos arrumar de tudo quanto era jeito possível para contornar a situação. Até conseguimos convencer o Circo a aumentar a carga de ingressos, na hora mesmo. Mas lá não cabem de jeito nenhum seis mil pessoas. Seria até irresponsabilidade o Circo colocar isso.
Gostaríamos que todos soubessem que já estamos tomando as providências que podemos para que não role mais esse estresse na porta. Torcemos de verdade para que todo mundo que foi e não conseguiu entrar perceba que nada tivemos de responsabilidade quanto a tudo de ruim que aconteceu. Muito pelo contrário. Dentro das nossas limitações de artista contratado procuramos resolver o máximo de problemas possíveis. Mas nós não somos da casa. Estamos lá uma vez por mês só. A gente só toca. Conhecemos vários artistas que não ligariam para o que aconteceu. Mas nós ligamos exatamente porque valorizamos muito o que construímos. Não fizemos a banda pensando em ganhar dinheiro e nem fomos inventados por produtores ou gravadoras, e sim porque gostamos de rock dos anos 80. Quando a fizemos não era moda. Muito pelo contrário: nos criticaram pacas. Todo mundo que recebe nossos emails sabe a dureza que é viver de música. E hoje nos orgulhamos muito de dizer que estamos vivendo de música. E o que mais queremos agora é manter isso, pois, se estamos nessa condição, é porque sempre houve quem nos prestigiasse. Não seria agora que ignoraríamos quem nos fez crescer, que foi o público basicamente do nosso mailling. Inclusive criamos várias amizades por causa da banda.
Esperamos ter esclarecido o ocorrido já anunciando uma novidade. Na verdade, duas: em breve o site dos Perdidos estará no ar. E, dia 13 de maio, sexta-feira, show no Scala, Leblon, com convidados especiais e desafogando a concentração no show do Circo pra o público que curte o Perdidos assistir sem perrengues de superlotação.
Quanto ao Circo, nos reuniremos com eles para achar um esquema melhor de valorização do nosso público. Para o próximo já vão rolar mudanças. Isso é certo.
Abraços sinceros a todos e valeu pelo apoio de sempre.
Perdidos na Selva
Desde o primeiro show que os Perdidos fizeram no Ballroom, em dezembro de 2000, a banda faz esse esquema de lista na porta para quem estiver nela pagar menos. Nunca deu problema de alguém não estar nela ou de ficar do lado de fora. Até mesmo os que nos enviam fora do prazo que a gente pede, exatamente para todo mundo poder ir, entram na lista. Mas nunca enfrentamos uma situação como a de sexta. Usamos esse sistema de lista tem quase cinco anos. E já fizemos isso no Circo em março (que deu tudo certo), Ballroom, Garden Hall, Hard Rock Cafe, entre outras. Os problemas foram dois: primeiro que havia o equivalente a dois Circos para nos assistir e ninguém esperava por isso.
Quando, em nossa mais otimista avaliação, imaginaríamos que seis mil pessoas fossem querer nos ver num feriado? Só para servir como base de cálculo, em março havia sido vendido em torno de 350 ingressos antecipados. Dessa vez, pouco antes de abrir soubemos que mais da metade já havia sido vendido. O próprio Circo falou que isso nunca aconteceu na casa antes. Segundo que sempre falamos para todos comprarem com antecedência ou chegarem cedo pra comprar sem sufoco, exatamente porque a lista é a garantia de desconto de quem recebe nossos emails, e não de reserva de ingresso. Mas acho que o pior de tudo foi a forma (de acordo com os emails que recebemos) como a segurança e os bilheteiros da casa trataram o ocorrido. Falaram que a culpa era da banda, que não havia lista, ou então que havia só uma cota para a lista. Tudo isso é inverdade, pois nunca fizemos isso e não seria agora que começaríamos a fazer. Seria um descaso e uma traição com a galera que sempre foi nos nossos shows.
A partir daí foram desencadeando zilhões de outros problemas: segurança e bilheteiro destratando as pessoas, falta de informação dos funcionários, boatos sobre existir venda apenas para quem pagasse inteira (a banda tem uma pessoa de 100% confiança lá só para ficar de olho para ver se há algo de errado sendo feito), cambistas fazendo a festa do lado de fora com a polícia assistindo a tudo...
Assim como quem ficou barrado ficou chateado, nós também ficamos realmente mal, pois alguns de nossos melhores amigos também ficaram impossibilitados de entrar, além de contratantes, jornalistas, artistas e fãs. E era gente de Nova Iguaçu, Campos, Sepetiba, Vitória, São Paulo... Longe pacas, que foi ao Circo só por causa do show. Acredito que ninguém possa ter idéia do que passamos durante aquelas horas de confusão, mas tentamos arrumar de tudo quanto era jeito possível para contornar a situação. Até conseguimos convencer o Circo a aumentar a carga de ingressos, na hora mesmo. Mas lá não cabem de jeito nenhum seis mil pessoas. Seria até irresponsabilidade o Circo colocar isso.
Gostaríamos que todos soubessem que já estamos tomando as providências que podemos para que não role mais esse estresse na porta. Torcemos de verdade para que todo mundo que foi e não conseguiu entrar perceba que nada tivemos de responsabilidade quanto a tudo de ruim que aconteceu. Muito pelo contrário. Dentro das nossas limitações de artista contratado procuramos resolver o máximo de problemas possíveis. Mas nós não somos da casa. Estamos lá uma vez por mês só. A gente só toca. Conhecemos vários artistas que não ligariam para o que aconteceu. Mas nós ligamos exatamente porque valorizamos muito o que construímos. Não fizemos a banda pensando em ganhar dinheiro e nem fomos inventados por produtores ou gravadoras, e sim porque gostamos de rock dos anos 80. Quando a fizemos não era moda. Muito pelo contrário: nos criticaram pacas. Todo mundo que recebe nossos emails sabe a dureza que é viver de música. E hoje nos orgulhamos muito de dizer que estamos vivendo de música. E o que mais queremos agora é manter isso, pois, se estamos nessa condição, é porque sempre houve quem nos prestigiasse. Não seria agora que ignoraríamos quem nos fez crescer, que foi o público basicamente do nosso mailling. Inclusive criamos várias amizades por causa da banda.
Esperamos ter esclarecido o ocorrido já anunciando uma novidade. Na verdade, duas: em breve o site dos Perdidos estará no ar. E, dia 13 de maio, sexta-feira, show no Scala, Leblon, com convidados especiais e desafogando a concentração no show do Circo pra o público que curte o Perdidos assistir sem perrengues de superlotação.
Quanto ao Circo, nos reuniremos com eles para achar um esquema melhor de valorização do nosso público. Para o próximo já vão rolar mudanças. Isso é certo.
Abraços sinceros a todos e valeu pelo apoio de sempre.
Perdidos na Selva
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