Outro dia estava pensando sobre os motivos que me levaram a fazer Jornalismo. Foi quase uma regressão. Achei um, nos confins da minha infância, influenciadíssima pela minha babá eletrônica — a televisão.
(Acho que essas comemorações de 40 anos da Globo estão me fazendo ficar um tanto emotiva...)
Poucos dos meus atuais amigos lembrarão de Mary Richards, uma balzaca solteirona que trabalhava como produtora de um telejornal na WJM-TV, na cidadezinha de Minneapolis. Tinha o chefão Lou Grant, que vivia dando berros com o pobre Murray, o redator do programa, e o âncora Ted Baxter, um imbecil que tinha uma voz fabulosa e muita marra.
Lembro que adorava o apartamento onde Mary morava, vizinha da amiga pau-pra-toda-obra Rhoda e da biruta Phyllis, casada, que estava na série, eu acho, só para lembrar às outras duas tudo aquilo que elas não queriam — marido, filhos, obrigações familiares.
O mais engraçado foi descobrir, em uma rápida pesquisa no Google amigo, que a série esteve no ar entre 1970 e 1977. Logo eu, que pouco me lembro o que aconteceu no ano passado, tenho tantas memórias escondidas do programa que assistia na minha infância. Achei até uma foto da estátua em bronze da personagem, que fica bem no Centro de Minneapolis, onde foi gravada a abertura do programa.
Chato foi "lembrar" que no último episódio todos foram demitidos — menos o incompetente Ted. Seria um prenúncio?
4 comentários:
Deb, seu blog está cada dia melhor. Você consegue sair do lugar-comum, ou seja, dos assuntos batidos, para falar de coisas diferentes. Parabéns!
Tenho que concordar com a Carol!!!! Gata, tá arrasando!
Cês precisavam ver meu diário, quando era adolescente... Hahahahaha!
Agora falta só os amigos cooperarem pro Coisas de Casal decolar... minha munição de histórias tá acabando e as pessoas já começam a ficar meio cabreiras quando eu puxo assuntos mais íntimos... hehe...
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