Peguei uma van para não chegar tão tarde no trabalho (já perdi as esperanças de chegar num horário decente com aquela maldita obra do Prefeito Maluquinho, que não tem fim).
Tava no ponto e vi que duas se aproximavam. Na que estava na frente, só tinha lugar nos fundos; a outra tava vaziona. Esperei e fiz sinal para a segunda, claro, para sentar confortavelmente ao lado do motorista. O problema é que nessa posição eles gostam de puxar conversa fiada...
— Bom dia! A da frente estava cheia?
— Quase; só tinha lugar lá atrás, mas eu acho meio apertado...
— Também, você é muito grande minha filha!!!!
— Hehehe (um sorriso sem-graça).
— Quanto você mede? Dois metros?!
***
No 464, mais uma história que só minha parabólica capta. Um casal estava sentado atrás de mim. No caminho (que é longo; tem a obra, lembram?), percebi que era um rapaz acompanhado de sua tia. Eles iam para o dentista. Mas isso não importa. O que interessa aqui é um trechinho do papo que a dupla levava. Falavam dos amigos dele. A tia confundindo todo mundo:
— A Mary (enrolou a língua) vai casar com o Alexandre?
— Que Alexandre?
— Aquele, que é o melhor amigo da sua namorada...
— Não tia; é Mari, de Mariana. E ela vai casar com o Fulano (não lembro mais o nome). O Alexandre é outro. Mó fura-olho...
— Fura-olho?
— É tia, o cara é mó canalha, safado. Gente boa, mas tem esse defeito. Outro dia ele ficou com a namorada do Sicrano (também não lembro do outro nome). Nem tinha uma semana que eles tinham terminado...
— Meu Deus, e ele furou o olho da menina?!
Tava no ponto e vi que duas se aproximavam. Na que estava na frente, só tinha lugar nos fundos; a outra tava vaziona. Esperei e fiz sinal para a segunda, claro, para sentar confortavelmente ao lado do motorista. O problema é que nessa posição eles gostam de puxar conversa fiada...
— Bom dia! A da frente estava cheia?
— Quase; só tinha lugar lá atrás, mas eu acho meio apertado...
— Também, você é muito grande minha filha!!!!
— Hehehe (um sorriso sem-graça).
— Quanto você mede? Dois metros?!
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No 464, mais uma história que só minha parabólica capta. Um casal estava sentado atrás de mim. No caminho (que é longo; tem a obra, lembram?), percebi que era um rapaz acompanhado de sua tia. Eles iam para o dentista. Mas isso não importa. O que interessa aqui é um trechinho do papo que a dupla levava. Falavam dos amigos dele. A tia confundindo todo mundo:
— A Mary (enrolou a língua) vai casar com o Alexandre?
— Que Alexandre?
— Aquele, que é o melhor amigo da sua namorada...
— Não tia; é Mari, de Mariana. E ela vai casar com o Fulano (não lembro mais o nome). O Alexandre é outro. Mó fura-olho...
— Fura-olho?
— É tia, o cara é mó canalha, safado. Gente boa, mas tem esse defeito. Outro dia ele ficou com a namorada do Sicrano (também não lembro do outro nome). Nem tinha uma semana que eles tinham terminado...
— Meu Deus, e ele furou o olho da menina?!
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