Na volta pra casa, ontem. Dois grotos cabeludos entram no 249. Um deles carregava, muito desajeitadamente, um violão naquelas bolsas de proteção apropriadas para o instrumento. Os hormônios à flor da pele. Mas algo estava estranho, logo percebi. E adivinha onde os boyzinhos pararam, hein, hein, hein?
Yes! Do MEU lado!
Conversavam a alguns decibéis. Até aí, tudo bem. Adolescentes, né, pensei...
Qual o quê. Tinha mesmo algo de estranho. Pelo menos no violonista.
Claro que comecei a prestar atenção no papo. O rapaz falava de sua vida dura, que tinha de pegar quatro ônibus por dia (novidade...!), que emendava as aulas na Escola de Música Villa-Lobos com a escola, que cursava à noite, que tava cansado, que só pensava em comida e nas férias, que se aproximam... Aí ficou interessante! E matei a charada...
— Meu professor de violão lá da Villa-Lobos é novinho, cara. Ele começou agora no meio do ano, mas nem tá contratado (ele contava pro outro rapazinho). Hoje ele tava falando que nem tem registro algum na escola; ele não existe, saca? Aí ele fala assim: 'se eu quiser dar uma de serial killer aqui, matar todos vocês e sair pela porta da frente, despreocupado, eu posso, ninguém vai saber que sou eu'. (rs)
— Pô, queisso, cara, que papo estranho...
— Ah, mas o pior é que é tão bonitinho ele falando isso... (suspiro)
Ai, eu é que digo: pô, queisso, cara, que papo estranho...
Sem preconceito... mas precisava ele gritar esas coisas num busum semi-lotado???
Yes! Do MEU lado!
Conversavam a alguns decibéis. Até aí, tudo bem. Adolescentes, né, pensei...
Qual o quê. Tinha mesmo algo de estranho. Pelo menos no violonista.
Claro que comecei a prestar atenção no papo. O rapaz falava de sua vida dura, que tinha de pegar quatro ônibus por dia (novidade...!), que emendava as aulas na Escola de Música Villa-Lobos com a escola, que cursava à noite, que tava cansado, que só pensava em comida e nas férias, que se aproximam... Aí ficou interessante! E matei a charada...
— Meu professor de violão lá da Villa-Lobos é novinho, cara. Ele começou agora no meio do ano, mas nem tá contratado (ele contava pro outro rapazinho). Hoje ele tava falando que nem tem registro algum na escola; ele não existe, saca? Aí ele fala assim: 'se eu quiser dar uma de serial killer aqui, matar todos vocês e sair pela porta da frente, despreocupado, eu posso, ninguém vai saber que sou eu'. (rs)
— Pô, queisso, cara, que papo estranho...
— Ah, mas o pior é que é tão bonitinho ele falando isso... (suspiro)
Ai, eu é que digo: pô, queisso, cara, que papo estranho...
Sem preconceito... mas precisava ele gritar esas coisas num busum semi-lotado???
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