Os jornalistas se unem para a assembléia que será realizada na próxima segunda-feira, às 20h, no auditório do Sindicato – Rua Evaristo da Veiga, 16, 17º andar, Cinelândia. É preciso haver mobilização de forças para pressionar o patronato.
Os representantes do sindicato patronal de rádio e televisão rejeitaram nossa proposta de reajuste salarial de 8,36%, ou seja, 5.36% de inflação, mais 3% de aumento real. Oferecem apenas 5% e admitem que só voltam à rediscussão do índice se retirarmos algumas cláusulas sociais da pauta de reivindicações, como pagamento de plano odontológico e o vale-alimentação para compras em supermercados.
Também não querem aumentar o valor das horas extras, de 60% para 80%, e se recusam a estabelecer um valor mínimo para o tíquete-refeição, demonstrando que estão na contramão da história. Donos de jornais e revistas já acatam esse valor mínimo, embora não concordem em aumentá-lo de R$ 10 para R$ 18, como reivindicamos agora. Para se ter idéia do nosso prejuízo, um levantamento feito pela entidade do setor (Assert) mostra que o preço da refeição em bares e restaurantes em 2007 passou de R$ 15,32 para R$ 16,97 no Rio de Janeiro.
A insensibilidade dos donos de jornais e revistas é a mesma. Depois de um mês de negociação, eles ainda não responderam à nossa proposta de reajuste salarial de 8,36%. Também recusam pagar a diária pelos domingos trabalhados e descartam a possibilidade de discutir a criação de plano de participação nos lucros.
É a velha história do “faça o que eu digo, mas não o que eu faço”. Eles defendem abertura na economia, a modernização da gestão empresarial etc. Mas só nos editoriais. Quando se trata de garantir direitos para os próprios empregados, alegam que a conjuntura econômica dificulta a negociação. O que não é verdade.
Estudo do Dieese mostra que 2007 “foi um ano caracterizado por um vigoroso crescimento da economia brasileira, impulsionado pelo dinamismo do mercado interno. O PIB vem crescendo há 23 trimestres consecutivos e nos primeiros nove meses do ano subiu 5,7%”.
Nem a desculpa do dólar alto pode mais ser usada para negar aumento de salário e a concessão de benefícios. A moeda norte-americana bate recordes sucessivos de desvalorização há muito tempo, tornando mais baratos os preços de máquinas e equipamentos, bem como tinta e papel, as matérias-primas básicas do setor. A matéria “Dólar atinge nível mais baixo desde 1999”, publicada no O Globo em 21 de fevereiro passado, prova que os tempos mudaram.
Quanto ao valor das horas extras, a situação piora para os que trabalham em jornais e revistas porque só recebem 50%, enquanto o pessoal de rádio e televisão ganha 60%. Mas a reivindicação dos jornalistas é unificar este índice em 80%. Os patrões também estão inflexíveis quanto à obrigatoriedade de criar um instrumento de controle efetivo das jornadas de trabalho para pagamento de horas extras e concessão de folgas.
Para as outras reivindicações, os dois sindicatos patronais resolveram unir forças para dizer “não” ao piso salarial de R$ 1.900, seguro de vida maior para quem trabalha em áreas de risco, estudo para criação de plano de previdência privada, extensão do prazo da licença maternidade de 120 para 180 dias e vale-alimentação para compra em supermercados.
EMPRESAS FATURAM E VENDEM MAIS
Na negociação com os jornalistas, os representantes dos patrões só falam de problemas. Mas o ano de 2007 foi marcado pelas boas notícias. Para eles, claro. Abaixo, alguns exemplos de robustez financeira das empresas de comunicação.
• O faturamento bruto das emissoras de rádio e televisão superou a inflação. As emissoras de televisão faturaram 8,57%, em relação ao ano anterior, e as emissoras de rádio, 5,60%.
• O faturamento dos jornais com anúncios e classificados cresceu 15,2% em relação a 2006, atingindo R$ 3,1 bilhões (fonte: Meio & Mensagem)
• A circulação dos principais jornais brasileiros aumentou 10,1% em relação ao ano anterior. Estão entre os que conseguiram os melhores desempenhos os jornais O Globo (5,2%), Lance (12,3%) e O Estado de São Paulo (4,8%). (fonte: IVC)
O IVC mostra que “um ambiente favorável” na economia permitiu que os jornais tomassem decisões importantes para conquistar novos leitores, “com reformulação de projetos e mudanças gráficas”.
Os representantes do sindicato patronal de rádio e televisão rejeitaram nossa proposta de reajuste salarial de 8,36%, ou seja, 5.36% de inflação, mais 3% de aumento real. Oferecem apenas 5% e admitem que só voltam à rediscussão do índice se retirarmos algumas cláusulas sociais da pauta de reivindicações, como pagamento de plano odontológico e o vale-alimentação para compras em supermercados.
Também não querem aumentar o valor das horas extras, de 60% para 80%, e se recusam a estabelecer um valor mínimo para o tíquete-refeição, demonstrando que estão na contramão da história. Donos de jornais e revistas já acatam esse valor mínimo, embora não concordem em aumentá-lo de R$ 10 para R$ 18, como reivindicamos agora. Para se ter idéia do nosso prejuízo, um levantamento feito pela entidade do setor (Assert) mostra que o preço da refeição em bares e restaurantes em 2007 passou de R$ 15,32 para R$ 16,97 no Rio de Janeiro.
A insensibilidade dos donos de jornais e revistas é a mesma. Depois de um mês de negociação, eles ainda não responderam à nossa proposta de reajuste salarial de 8,36%. Também recusam pagar a diária pelos domingos trabalhados e descartam a possibilidade de discutir a criação de plano de participação nos lucros.
É a velha história do “faça o que eu digo, mas não o que eu faço”. Eles defendem abertura na economia, a modernização da gestão empresarial etc. Mas só nos editoriais. Quando se trata de garantir direitos para os próprios empregados, alegam que a conjuntura econômica dificulta a negociação. O que não é verdade.
Estudo do Dieese mostra que 2007 “foi um ano caracterizado por um vigoroso crescimento da economia brasileira, impulsionado pelo dinamismo do mercado interno. O PIB vem crescendo há 23 trimestres consecutivos e nos primeiros nove meses do ano subiu 5,7%”.
Nem a desculpa do dólar alto pode mais ser usada para negar aumento de salário e a concessão de benefícios. A moeda norte-americana bate recordes sucessivos de desvalorização há muito tempo, tornando mais baratos os preços de máquinas e equipamentos, bem como tinta e papel, as matérias-primas básicas do setor. A matéria “Dólar atinge nível mais baixo desde 1999”, publicada no O Globo em 21 de fevereiro passado, prova que os tempos mudaram.
Quanto ao valor das horas extras, a situação piora para os que trabalham em jornais e revistas porque só recebem 50%, enquanto o pessoal de rádio e televisão ganha 60%. Mas a reivindicação dos jornalistas é unificar este índice em 80%. Os patrões também estão inflexíveis quanto à obrigatoriedade de criar um instrumento de controle efetivo das jornadas de trabalho para pagamento de horas extras e concessão de folgas.
Para as outras reivindicações, os dois sindicatos patronais resolveram unir forças para dizer “não” ao piso salarial de R$ 1.900, seguro de vida maior para quem trabalha em áreas de risco, estudo para criação de plano de previdência privada, extensão do prazo da licença maternidade de 120 para 180 dias e vale-alimentação para compra em supermercados.
EMPRESAS FATURAM E VENDEM MAIS
Na negociação com os jornalistas, os representantes dos patrões só falam de problemas. Mas o ano de 2007 foi marcado pelas boas notícias. Para eles, claro. Abaixo, alguns exemplos de robustez financeira das empresas de comunicação.
• O faturamento bruto das emissoras de rádio e televisão superou a inflação. As emissoras de televisão faturaram 8,57%, em relação ao ano anterior, e as emissoras de rádio, 5,60%.
• O faturamento dos jornais com anúncios e classificados cresceu 15,2% em relação a 2006, atingindo R$ 3,1 bilhões (fonte: Meio & Mensagem)
• A circulação dos principais jornais brasileiros aumentou 10,1% em relação ao ano anterior. Estão entre os que conseguiram os melhores desempenhos os jornais O Globo (5,2%), Lance (12,3%) e O Estado de São Paulo (4,8%). (fonte: IVC)
O IVC mostra que “um ambiente favorável” na economia permitiu que os jornais tomassem decisões importantes para conquistar novos leitores, “com reformulação de projetos e mudanças gráficas”.
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