Hoje foi dia de exame médico no trabalho. Não vou mencionar as abusivas furadas de filas, porque todo mundo sabe que o povo aqui não tem lá muita educação e a maioria é adepta de duas leis — a de gerson e a do murici. Ando pensando em adotar uma outra, bem mais antiga, que ficou conhecida como Código de Amurabi...
Bem, como eu dizia, quando enfim pararam de fazer gracinhas e eu fui atendida pelo médico, ia tudo muito bem... até que ele chegou na parte da idade. Não que eu tenha problemas quanto a isso. Muito pelo contário; já mencionei aqui que eu só tenho 16 anos, não é mesmo? Pois o tal médico do trabalho (deveria, pelo menos, ser essa a especialidade do sujeito), não compactua com a minha filosofia...
— Tem filhos?
— Não.
— Sofreu algum aborto?
— Não.
— Planeja tê-los?
— O quê? Abortos?!
— Filhos...
— Ah... sim...
— Bem...
Aí eu já não gostei. Eu que já tinha ficado duplamente estressada. E fazia tempo que isso não acontecia. Porra, meu dia começou tããão bem... por que as pessoas fazem força para acabar com a alegria alhei? Incomoda, né?! Voltando...
— Você sabe que a partir dos 34 anos a gravidez é de risco, não sabe?
[disse isso me olhando por sobre as lentes dos óculos, com uma fisionomia grave]
— Ah, é?!
— Pois então, se você planeja ter filhos, é melhor fazer isso o quanto antes...
— Sei... o senhor não deveria perguntar se eu sou casada ou, pelo menos, se eu tenho um namorado? São coisas difíceis hoje em dia... E se, mesmo que não tivesse, ainda assim eu planejasse ter filhos???
****
Ele ainda tentou explicar que o relógio biológico não pára, etc., mas cortei o papo. Avisei que, filhos, só aos 40, o que não está nem tão longe assim, se considerarmos a contagem convencional do meu tempo de permanência nesta dimensão. Não entrei nesses detalhes com o insensível. Algo me dizia que não valia a pena. Só informei que a minha ginecologista concordava com o meu planejamento pessoal e que a sociedade ficaria agradecida por alguém ter um planejamento familiar para pôr em prática.
Mas dá vontade de encarnar o Dr. Pimpolho nessas horas...
Amigo, quente?
Quem te perguntou alguma coisa????
Bem, como eu dizia, quando enfim pararam de fazer gracinhas e eu fui atendida pelo médico, ia tudo muito bem... até que ele chegou na parte da idade. Não que eu tenha problemas quanto a isso. Muito pelo contário; já mencionei aqui que eu só tenho 16 anos, não é mesmo? Pois o tal médico do trabalho (deveria, pelo menos, ser essa a especialidade do sujeito), não compactua com a minha filosofia...
— Tem filhos?
— Não.
— Sofreu algum aborto?
— Não.
— Planeja tê-los?
— O quê? Abortos?!
— Filhos...
— Ah... sim...
— Bem...
Aí eu já não gostei. Eu que já tinha ficado duplamente estressada. E fazia tempo que isso não acontecia. Porra, meu dia começou tããão bem... por que as pessoas fazem força para acabar com a alegria alhei? Incomoda, né?! Voltando...
— Você sabe que a partir dos 34 anos a gravidez é de risco, não sabe?
[disse isso me olhando por sobre as lentes dos óculos, com uma fisionomia grave]
— Ah, é?!
— Pois então, se você planeja ter filhos, é melhor fazer isso o quanto antes...
— Sei... o senhor não deveria perguntar se eu sou casada ou, pelo menos, se eu tenho um namorado? São coisas difíceis hoje em dia... E se, mesmo que não tivesse, ainda assim eu planejasse ter filhos???
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Ele ainda tentou explicar que o relógio biológico não pára, etc., mas cortei o papo. Avisei que, filhos, só aos 40, o que não está nem tão longe assim, se considerarmos a contagem convencional do meu tempo de permanência nesta dimensão. Não entrei nesses detalhes com o insensível. Algo me dizia que não valia a pena. Só informei que a minha ginecologista concordava com o meu planejamento pessoal e que a sociedade ficaria agradecida por alguém ter um planejamento familiar para pôr em prática.
Mas dá vontade de encarnar o Dr. Pimpolho nessas horas...
Amigo, quente?
Quem te perguntou alguma coisa????
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