Inauguro este novo marcador com uma das resoluções que me tomaram, e não ao contrário, porque ela surgiu sem que eu notasse, e quando me dei conta era tarde demais para voltar atrás: pra me comer tem que ser Flamengo. Pode chamá-la de filosofia de vida, porque é isso mesmo. Religiosamente falando, seria o 11º mandamento — ou seja, quebrá-lo me mandaria direto pro inferno, e eu já nem estou tão friorenta assim.
Me dei conta disso, verdadeiramente, quando fiquei temporariamente soltinha soltinha na vida e precisei, mesmo que por um curto espaço de tempo e meio contra a minha vontade, encarar a missão de ter de começar um novo relacionamento. É óbvio que, como mulher e balzaca, analisei os fatos e não gostei nadica do que "vi". Sou uma pessoa prática, na maioria das vezes. Por isso, elencar prós e contras faz parte da minha personalidade; é uma ferramenta que uso, invariavelmente, em todos os setores da vida.
Tudo bem, tudo bem, se todo mundo fosse Flamengo, apesar de considerar que seria algo mais justo, seria também bastante sem graça. Viver sem freguesia, sem ninguém pra zoar. Mal comparando, seria o mesmo, para os homens, que trepar com a Juliana Paes numa ilha deserta. Posso estar errada, mas botafoguenses, vascaínos e tricolores (americanos existem?) estão, para mim, no mesmo patamar da amiga que escolheu mal o namorado, do parente que optou por acreditar na fofoca e deixou de falar com você ou daquela pessoa que resolveu dar piti e passou a te ignorar sem motivo concreto e aparente.
São todos casos que, por mais que eu tente, não consigo entender, simplesmente porque foram decisões tomadas erroneamente. E eu, como boa libriana, detesto tomar decisões. Especialmente as erradas. Por isso, procuro escolher bem e sempre listar prós e contras. Em resumo, não é pena. Longe disso. É só o mais puro e profundo sentimento de incredulidade que se abate sobre o meu ser.
Por outro lado, diante dessa máxima de minha vida, é importante esclarecer aos assíduos leitores rubro-negros do sexo masculino para que não se animem, porque este corpinho já tem dono.
Voltando ao assunto, quando eu digo "comer", não me refiro a fazer um lanchinho ocasional pra matar uma fominha que surge no meio da tarde. Essa até daria pra passar. Mas refeição, refeição, aquela coisa sistemática, não rola mesmo. Não rola porque a "alimentação" que pressupõe freqüência perpassa por várias situações inimagináveis junto a um torcedor do arco-íris. Tomemos como exemplo fictício um relacionamento improvável com um tricolor (porque, por mais que seja duro admitir, o pó-de-arroz tá em alta no mercado, humpf!).
Visualiza: dia de clássico no Maraca. O cara, bonzinho, compra duas cadeiras, porque não rola de ele ir pra Raça comigo, e muito menos de eu pisar do outro lado da arquiba. Vai dar merda de qulaquer jeito, porque eu não admitiria ficar debaixo da Young, com aquela tricolada sapateando na minha cabecinha cheia de formol. E vê que derrota total não seria assistir ao jogo nas brancas. Depressão pura. Relacionamento pro ralo — não resistiria ao primeiro Fla-Flu. Isso sem comentar o fato surreal de eu ter que andar de mãos dadas com um cara que usa uma camisa que parece a Rede Globo fora do ar. Nem pensar.
Futebol dá mais problema do que religião. Dá pra fazer uma cerimônia ecumênica, ou, mais fácil ainda, optar por um casamento civil e cada um segue os seus dogmas. Mas torcer... torcer é diferente. Como é que se abraça um namorado tricolor no day after deles meterem 3x1 no Boca num Maraca lotado? Im-pos-sí-vel! De que maneira você encara o sujeito e diz que o ama quando, por dentro, lá nos fundilhos d'alma, você quer esganar todos os tricolores que encontrar pela frente? Simplesmente não dá, porque até o amigo do peito, daquele tipo raro, que sabe exatamente o que você está pensando só de olhar pra sua cara, tu mandou se fuder seis vezes em menos de cinco minutos!
É briga certa. E desentendimentos deste tipo devem ser evitados, com certeza.
Melhor nem falar em supostos namoros com vascaínos (ergh!) e botafoguenses — estes, seres depressivos e altamente suscetíveis ao alcoolismo...
Me dei conta disso, verdadeiramente, quando fiquei temporariamente soltinha soltinha na vida e precisei, mesmo que por um curto espaço de tempo e meio contra a minha vontade, encarar a missão de ter de começar um novo relacionamento. É óbvio que, como mulher e balzaca, analisei os fatos e não gostei nadica do que "vi". Sou uma pessoa prática, na maioria das vezes. Por isso, elencar prós e contras faz parte da minha personalidade; é uma ferramenta que uso, invariavelmente, em todos os setores da vida.
Tudo bem, tudo bem, se todo mundo fosse Flamengo, apesar de considerar que seria algo mais justo, seria também bastante sem graça. Viver sem freguesia, sem ninguém pra zoar. Mal comparando, seria o mesmo, para os homens, que trepar com a Juliana Paes numa ilha deserta. Posso estar errada, mas botafoguenses, vascaínos e tricolores (americanos existem?) estão, para mim, no mesmo patamar da amiga que escolheu mal o namorado, do parente que optou por acreditar na fofoca e deixou de falar com você ou daquela pessoa que resolveu dar piti e passou a te ignorar sem motivo concreto e aparente.
São todos casos que, por mais que eu tente, não consigo entender, simplesmente porque foram decisões tomadas erroneamente. E eu, como boa libriana, detesto tomar decisões. Especialmente as erradas. Por isso, procuro escolher bem e sempre listar prós e contras. Em resumo, não é pena. Longe disso. É só o mais puro e profundo sentimento de incredulidade que se abate sobre o meu ser.
Por outro lado, diante dessa máxima de minha vida, é importante esclarecer aos assíduos leitores rubro-negros do sexo masculino para que não se animem, porque este corpinho já tem dono.
Voltando ao assunto, quando eu digo "comer", não me refiro a fazer um lanchinho ocasional pra matar uma fominha que surge no meio da tarde. Essa até daria pra passar. Mas refeição, refeição, aquela coisa sistemática, não rola mesmo. Não rola porque a "alimentação" que pressupõe freqüência perpassa por várias situações inimagináveis junto a um torcedor do arco-íris. Tomemos como exemplo fictício um relacionamento improvável com um tricolor (porque, por mais que seja duro admitir, o pó-de-arroz tá em alta no mercado, humpf!).
Visualiza: dia de clássico no Maraca. O cara, bonzinho, compra duas cadeiras, porque não rola de ele ir pra Raça comigo, e muito menos de eu pisar do outro lado da arquiba. Vai dar merda de qulaquer jeito, porque eu não admitiria ficar debaixo da Young, com aquela tricolada sapateando na minha cabecinha cheia de formol. E vê que derrota total não seria assistir ao jogo nas brancas. Depressão pura. Relacionamento pro ralo — não resistiria ao primeiro Fla-Flu. Isso sem comentar o fato surreal de eu ter que andar de mãos dadas com um cara que usa uma camisa que parece a Rede Globo fora do ar. Nem pensar.
Futebol dá mais problema do que religião. Dá pra fazer uma cerimônia ecumênica, ou, mais fácil ainda, optar por um casamento civil e cada um segue os seus dogmas. Mas torcer... torcer é diferente. Como é que se abraça um namorado tricolor no day after deles meterem 3x1 no Boca num Maraca lotado? Im-pos-sí-vel! De que maneira você encara o sujeito e diz que o ama quando, por dentro, lá nos fundilhos d'alma, você quer esganar todos os tricolores que encontrar pela frente? Simplesmente não dá, porque até o amigo do peito, daquele tipo raro, que sabe exatamente o que você está pensando só de olhar pra sua cara, tu mandou se fuder seis vezes em menos de cinco minutos!
É briga certa. E desentendimentos deste tipo devem ser evitados, com certeza.
Melhor nem falar em supostos namoros com vascaínos (ergh!) e botafoguenses — estes, seres depressivos e altamente suscetíveis ao alcoolismo...
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