A abertura da última semana das Olimpíadas de Pequim foi reservada ao inusitado, surreal e inimaginável: sim, senhoras e senhores, no mesmo dia em que conseguimos uma medalha inédita, bronze na vela feminina com Fernanda Oliveira e Isabel Swan na classe 470, passaram a mão na nossa vara.
E, para piorar, nem pudemos descer o sarrafo!
Foi o que bastou para deixar para trás mais uma chance de medalha. Muito compreensível, porque — os leitores machos deste blog estão aí e não me deixam mentir — basta passarem a mão na vara pro dono do troço perder a cabeça! E o que é pior, procurar a própria vara e não achar! Fabiana Murer se descontrolou na hora.
Que mistério, meu Deus! Onde foi que enfiaram a danada da vara da moça?
Solidária, parei com tudo para acompanhar o desespero da atleta, uma mulher felizarda que costuma ter à disposição pelo menos cinco varas, de tamanhos variados, para escolher à vontade e usar quando bem entender. Sarada, jovem e bonita (apesar das orelhas de abano), ela não se conformava.
Os fiscais chineses devem ter oferecido uma vara qualquer para que ela usasse na prova mas, faz-me rir!, a vara oriental nem se compara à vara brasileira, ora bolas.
Especialista que é, a moça olhava vara por vara. De relance, porque ela sabe se a vara é boa só de bater o olho, que inveja. Eu imaginava, tentando ajudar em pensamento: será que a vara que ela procura tem ponta branca ou ponta preta? E nada de achar. Algumas lágrimas depois, eis que a vara ressurge de algum recôndito insuspeito.
Três tentativas de salto e a medalha vai pro ralo, é óbvio.
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Não era dia para saltar. E Jadel Gregório, de alguma maneira, sacou isso de primeira. Adepto do feijão-com-arroz, o brazuca saltador cumpriu a distância mínima para se classificar para a final e foi dormir. Ao contrário de César Castro, que desperdiçou seus seis saltos do trampolim no Cubo d'Água e não foi classificado.
Mais um que volta de mãos abanando.
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Mas nada foi pior do que o mico pago pelo chinês da corrida com barreiras. Ídolo num país daquele tamanho, ele praticamente esvaziou o Ninho do Pássaro depois que abandonou a prova. Parecia a Força Jovem ralando peito do Maraca em jogos contra o Flamengo. Coisa triste...
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Nosso handebol não passou das quartas e também já deixa a Vila Olímpica.
Mas o vôlei teve um bom dia e, na areia, cravou semi-final brasileira. As meninas da quadra estão bem na parada e continuam sem perder um set sequer. Os rapazes venceram mais uma e espantamos os alemãs.
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É, o dia não tava para chucrute; o negócio era chocolate.
O futebol feminino foi à forra da final da Copa do Mundo e despachou as alemãs, de virada.
Que bonito é...
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Gente... até agora fico imaginando onde foi que enfiaram a tal da vara...
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