A gente passa uns dias felizes e pensa que a vida é bela e ponto. Mas a vida é bela e reticências, na verdade. A Quarta-Feira de Cinzas me trouxe uma má notícia: a perda de um amigo e companheiro de trabalho dos mais queridos que fiz na minha vida profissional.
O André Az era um cara do bem, profissional dedicado, companheiro das batalhas diárias de pautas como poucos. Um fotógrafo que trabalhava em equipe como raramente se vê na nossa profissão. Estava crescendo na área, firmando seu nome no meio sem se deixar 'picar' pela mosca azul... um perigo para a maioria dos companheiros que encontram um caminho melhorzinho e pensam que já sabem de tudo.
Já vi muito disso por aí. O que também é uma grande pena.
Mas o André estava imune ao bichinho. Com sua humildade, cativava a todos. Tinha sempre um sorriso pronto para te receber. E que geralmente antecedia um abraço sincero de quem sentiu prazer em passar horas do dia do teu lado, uma vez na vida. Era assim que ele aprendia cada vez mais e evoluía. Profissionalmente e como pessoa.
Em uma das passagens mais felizes da minha vida, ele tava ali do meu lado. Ajudou a eternizá-lo com alguns de seus cliques precisos e sensíveis, que melhoravam a cada saída. Enfim, dividimos momentos de estresse, de muitas risadas... o normal do cotidiano de um jornal — que, aliás, nem entrou no obituário, mas sei que ele lembrava daquilo tudo com carinho.
Ainda não consigo acreditar na fatalidade.
Vai com Deus, meu amigo...
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