Almost a 'crônica'
A escolha do samba do Imprensa que Eu Gamo — bloco pré-carnavalesco de jornalistas cariocas, só para situar meus leitores da França, Grã-Bretanha, Alemanha e de Portugal —, ontem (ou teria sido já hoje?!), no Teatro Odisséia, teve de tudo um pouco.
Teve calor, teve beijo, teve abraço. Teve samba de gosto duvidoso, teve letra de samba com erro de português (e nem era hífen ou acento), quase teve bolo da bateria da São Clemente. Mas também teve disputa acirrada, tensão e... chororô.
Chute na canela e dedo no olho é papo de bastidores, conforme corre à miúda na ala de compositores (depois de uma noite inteira ouvindo 13 sambas, cantados três vezes, cada, sem contar os dois finalistas e a festa do campeão, com direito a puxar o samba do ano passado, tô até escrevendo rimado... ai, de novo!). Sei lá, se são eles que tão dizendo...
Enfim, eu, que encontrei por lá grandes companheiros de Raça-Fla 53, me senti uma completa ovelha rubro-negra no meio do salão. Nas torcidas adversárias, um quê de estrela solitária. Lugar perfeito para aflorar toda minha gatomestrice carnavalística (ficou mais chique do que carnavalesca, dá licença).
Não ligo bem nome a pessoas quando o assunto é o mundo do samba. Tirando, é claro, o Diogo Nogueira, que é Portela e um gato! Só sei que, pelo que vi, a jornalistada tá ficando profissa no quesito "eu-conheço-um-cara-que-é-do-samba". Tinha meia dúzia desses perambulando por lá. Sai na frente o grupo que tem um sambista que, por acaso, É jornalista.
Elementar, meu caro Claudionor. Ou Sidiclei, se preferir...
Bom... voltando à gatomestrice magra... Samba vai, samba vem, rolou uma finalíssima. Aquele que virou samba perdedor (se não fosse a finalíssima...) não dava para entender bem a letra. Só o enredo: o Meia Hora.
Compositores desse grupo se manifestaram no decorrer do dia para informar que o samba-de-enredo, por assim dizer, escondido a sete-chaves — até agora, porque apesar de muita gente ter considerado o concorrente panfletário do jornal, os próprios compositores pouco panfletaram a letra para o público presente —, era uma homenagem às manchetes escrachadas do referido tablóide, que caiu no (mau) gosto (no bom sentido!) do carioca.
Foi um forte concorrente que cometeu o erro de ser pouco generalista. Afinal, jornalista nasceu com vocação para ser generalista, né? — é aquela velha história do "não-sei-nada-sobre-isso-mas-conheço-quem-sabe". Mas o papo aqui não é sobre Teoria da Comunicação.
De uma forma ou de outra, a maioria ficou batendo mesmo numa tecla só. Uns se prenderam à sapatada no Bush, outros, à reforma ortográfica. Chegaram a arriscar um trocadilho aqui e acolá. Teve gente que misturou a porra toda e ficou prolixo e... "pro lixo". Tudo isso, claro, tirando o maluco do João Gilberto que não se manca e mais uma vez marcou presença com sua "bosta nova".
Fato é que esse tricampeonato provou que a receita para agradar à diretoria do bloco parece mesmo ser:
- 1 penca de jornalistas
- 1 punhado de notícias marcantes
- 1 xícara de chá de sagacidade
- 1 pitada de sambista profissional
- bom humor a gosto
O que me faz lembrar aquele velho ditado popular do tipo para-lamas de caminhão: "Parecer comigo é fácil. Difícil é ser eu". ;-)
Até sábado, que o povo do Imprensa vai deixar o Gago soltinho (ou seria Coutinho?!)...
A escolha do samba do Imprensa que Eu Gamo — bloco pré-carnavalesco de jornalistas cariocas, só para situar meus leitores da França, Grã-Bretanha, Alemanha e de Portugal —, ontem (ou teria sido já hoje?!), no Teatro Odisséia, teve de tudo um pouco.
Teve calor, teve beijo, teve abraço. Teve samba de gosto duvidoso, teve letra de samba com erro de português (e nem era hífen ou acento), quase teve bolo da bateria da São Clemente. Mas também teve disputa acirrada, tensão e... chororô.
Chute na canela e dedo no olho é papo de bastidores, conforme corre à miúda na ala de compositores (depois de uma noite inteira ouvindo 13 sambas, cantados três vezes, cada, sem contar os dois finalistas e a festa do campeão, com direito a puxar o samba do ano passado, tô até escrevendo rimado... ai, de novo!). Sei lá, se são eles que tão dizendo...
Enfim, eu, que encontrei por lá grandes companheiros de Raça-Fla 53, me senti uma completa ovelha rubro-negra no meio do salão. Nas torcidas adversárias, um quê de estrela solitária. Lugar perfeito para aflorar toda minha gatomestrice carnavalística (ficou mais chique do que carnavalesca, dá licença).
Não ligo bem nome a pessoas quando o assunto é o mundo do samba. Tirando, é claro, o Diogo Nogueira, que é Portela e um gato! Só sei que, pelo que vi, a jornalistada tá ficando profissa no quesito "eu-conheço-um-cara-que-é-do-samba". Tinha meia dúzia desses perambulando por lá. Sai na frente o grupo que tem um sambista que, por acaso, É jornalista.
Elementar, meu caro Claudionor. Ou Sidiclei, se preferir...
Bom... voltando à gatomestrice magra... Samba vai, samba vem, rolou uma finalíssima. Aquele que virou samba perdedor (se não fosse a finalíssima...) não dava para entender bem a letra. Só o enredo: o Meia Hora.
Compositores desse grupo se manifestaram no decorrer do dia para informar que o samba-de-enredo, por assim dizer, escondido a sete-chaves — até agora, porque apesar de muita gente ter considerado o concorrente panfletário do jornal, os próprios compositores pouco panfletaram a letra para o público presente —, era uma homenagem às manchetes escrachadas do referido tablóide, que caiu no (mau) gosto (no bom sentido!) do carioca.
Foi um forte concorrente que cometeu o erro de ser pouco generalista. Afinal, jornalista nasceu com vocação para ser generalista, né? — é aquela velha história do "não-sei-nada-sobre-isso-mas-conheço-quem-sabe". Mas o papo aqui não é sobre Teoria da Comunicação.
De uma forma ou de outra, a maioria ficou batendo mesmo numa tecla só. Uns se prenderam à sapatada no Bush, outros, à reforma ortográfica. Chegaram a arriscar um trocadilho aqui e acolá. Teve gente que misturou a porra toda e ficou prolixo e... "pro lixo". Tudo isso, claro, tirando o maluco do João Gilberto que não se manca e mais uma vez marcou presença com sua "bosta nova".
Fato é que esse tricampeonato provou que a receita para agradar à diretoria do bloco parece mesmo ser:
- 1 penca de jornalistas
- 1 punhado de notícias marcantes
- 1 xícara de chá de sagacidade
- 1 pitada de sambista profissional
- bom humor a gosto
O que me faz lembrar aquele velho ditado popular do tipo para-lamas de caminhão: "Parecer comigo é fácil. Difícil é ser eu". ;-)
Até sábado, que o povo do Imprensa vai deixar o Gago soltinho (ou seria Coutinho?!)...
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