É público e notório, aqui neste mundinho virtual, que tenho problemas com horário. E também é sabido que ODEIO acordar cedo. Mas meus fiéis leitores também estão acompanhando meus esforços para mudar isso... Também conhecem minha fama de estressada, outra coisa que melhorou muito. Há tempos que meu irmão não me chama de Deb Pitbull Day...
Mas tem a Lei de Murphy...
Pois é. Talvez devido a uma conjunção astral qualquer, mas o dia não começou bem. Primeiro porque tive de levantar cedo. Depois, porque foi botar o pé na rua para começar a chover. Aí rolou uma tensãozinha... mas consegui chegar a tempo. Foi botar o pé nos degraus da Alerj, onde era minha pauta, para o celular tocar. Número restrito. Geralmente é merda.
- Débora, onde você está?
- Bom dia, quem está falando? [não reconheci a voz do outro lado]
- É fulaninha, aqui do jornal. Você tem uma saída para as 9h30 e ainda não apareceu. A pauta caiu? Quando é assim tem que avisar!
- Como assim? Eu vim direto; já cheguei. A saída era para o fotógrafo.
- Não tem nada disso escrito aqui. A gente agora tem que adivinhar?!
Nem tiro a razão da moça. Ela até tava certa. O problema foi a forma como ela falou. E o contexto... Relevei e fui explicar o que deve ter acontecido:
- Olha só, se tá escrito ou não, não sei. Não fiz a saída. A pauta é da chefia. Me perguntaram se eu ia direto, disse que sim e cá estou. Na hora...
- Não pode acontecer esse ruído na comunicação. Quando for assim, você tem que descer para verificar a saída, ver se está certa. Você que tem que fazer a saída para a sua pauta, para não dar esse tipo de problema, que é muito chato.
O tom era de rispidez. Acordei para o fato de que a mocinha da recepção tava me dando um esporro. Vê se pode. Respirei fundo e pensei 'inteligência emocional é o que me diferencia do macaco'... tipo um mantra, saca?! E disse:
- Vem cá... eu ouvi bem?! Você tá me ensinando a descer saída?! Tá me dizendo como é que eu tenho que trabalhar?! Você tá MESMO me dando um esporro?! Olha só, faz o seguinte: libera o fotógrafo pra cá e resolve esse negócio aí na redação porque daqui a pouco você tá querendo fazer minha matéria também... Só o que faltava a essa altura era eu levar esporro seu... Desculpa, querida, mas você não tem roupa pra me dar esporro, não...
- Ah, tá bom, tá bom, vou mandar o fotógrafo. Tchau.
E tu-tu-tu-tu-tu-tu-tu-tu... tá bom, não fez porque era celular. Mas ela praticamente desfilou o telemóvel na minha cara... Se fosse uns sete anos atrás, acho que eu largava a pauta e baixava na redação pra bater boca com a fulaninha abusada. Enfim... a inteligência emocional rules! Fiz melhor: liguei pro meu chefe...
- Oi, chefe. Bom dia. Olha só, quebra o meu galho?! Aconteceu isso assim, assim... eu não mereço levar esporro da fulaninha não, né, chefe?!
Simples assim... Nem me estressei. Quem é de direito deu esporro e quem era de direito recebeu. Sem repasse indevido.
... and justice for all!
****
Vai se fuder, né?!
Mas tem a Lei de Murphy...
Pois é. Talvez devido a uma conjunção astral qualquer, mas o dia não começou bem. Primeiro porque tive de levantar cedo. Depois, porque foi botar o pé na rua para começar a chover. Aí rolou uma tensãozinha... mas consegui chegar a tempo. Foi botar o pé nos degraus da Alerj, onde era minha pauta, para o celular tocar. Número restrito. Geralmente é merda.
- Débora, onde você está?
- Bom dia, quem está falando? [não reconheci a voz do outro lado]
- É fulaninha, aqui do jornal. Você tem uma saída para as 9h30 e ainda não apareceu. A pauta caiu? Quando é assim tem que avisar!
- Como assim? Eu vim direto; já cheguei. A saída era para o fotógrafo.
- Não tem nada disso escrito aqui. A gente agora tem que adivinhar?!
Nem tiro a razão da moça. Ela até tava certa. O problema foi a forma como ela falou. E o contexto... Relevei e fui explicar o que deve ter acontecido:
- Olha só, se tá escrito ou não, não sei. Não fiz a saída. A pauta é da chefia. Me perguntaram se eu ia direto, disse que sim e cá estou. Na hora...
- Não pode acontecer esse ruído na comunicação. Quando for assim, você tem que descer para verificar a saída, ver se está certa. Você que tem que fazer a saída para a sua pauta, para não dar esse tipo de problema, que é muito chato.
O tom era de rispidez. Acordei para o fato de que a mocinha da recepção tava me dando um esporro. Vê se pode. Respirei fundo e pensei 'inteligência emocional é o que me diferencia do macaco'... tipo um mantra, saca?! E disse:
- Vem cá... eu ouvi bem?! Você tá me ensinando a descer saída?! Tá me dizendo como é que eu tenho que trabalhar?! Você tá MESMO me dando um esporro?! Olha só, faz o seguinte: libera o fotógrafo pra cá e resolve esse negócio aí na redação porque daqui a pouco você tá querendo fazer minha matéria também... Só o que faltava a essa altura era eu levar esporro seu... Desculpa, querida, mas você não tem roupa pra me dar esporro, não...
- Ah, tá bom, tá bom, vou mandar o fotógrafo. Tchau.
E tu-tu-tu-tu-tu-tu-tu-tu... tá bom, não fez porque era celular. Mas ela praticamente desfilou o telemóvel na minha cara... Se fosse uns sete anos atrás, acho que eu largava a pauta e baixava na redação pra bater boca com a fulaninha abusada. Enfim... a inteligência emocional rules! Fiz melhor: liguei pro meu chefe...
- Oi, chefe. Bom dia. Olha só, quebra o meu galho?! Aconteceu isso assim, assim... eu não mereço levar esporro da fulaninha não, né, chefe?!
Simples assim... Nem me estressei. Quem é de direito deu esporro e quem era de direito recebeu. Sem repasse indevido.
... and justice for all!
****
Vai se fuder, né?!
0 comentários:
Postar um comentário