Dizem que tudo, pela primeira vez, é inesquecível. Um amigo vai lembrar pra sempre, então, desta história, que me contou hoje. Segundo ele, foi a primeira vez que levou uma cantada... masculina.
Já era mais hoje do que ontem. Ele voltava, de busum, coitado, da ZS para a ZN, onde tinha deixado uma menina que anda pegando, num pós cineminha. Domingão, mais de duas da matina, o coletivo para no Flamengo, ali na altura que a galera bate uma pelada madrugada adentro. Além de um a meia dúzia de garçons de chuteiras, entra um bebum que, é lógico, senta do lado do cara, apesar de o ônibus estar praticamente vazio.
Até aí, tudo bem. Ele disse que imaginou o cara dormindo, caindo em cima dele. Imaginou até que o doido puxasse um daqueles tradicionais papos de bêbado. Que nada; o malandro botou as mãos no encosto do banco da frente e apoia a cabeça, olhando para o chão.
Dormiu, meu amigo pensou.
Quando o ônibus entra no Mergulhão, no Centro da cidade, o sujeito quica no banco, segura no braço do meu amigo (com força, segundo ele) e manda, em alto e bom som:
- Aí, quer dormir lá em casa não?! Vem dormir comigo lá em casa!
O cara disse que levou um mega susto, daqueles tipo o anjo da guarda deu no pinote, que você sente que o sangue vai todo parar no pé. Depois ele ficou confuso, não entendeu a parada. Achou que era pegadinha, sei lá. Aí, entendeu a ideia do malandro. E ficou vermelho. Primeiro de vergonha; depois, de ódio. Tudo isso numa fração de segundos. A primeira reação foi fechar o punho. Depois ele fechou a cara. Aí mandou um "sai daqui agora mermão" ou algo bem parecido.
No que o maluco desceu do ônibus, um dos paraíbas que sentou do outro lado do corredor disse:
- Cara, se tu dá um soco nele, a gente tudo caída de porrada nesse viado safado!
Ficou com mais vergonha ainda. Nem lembra do que respondeu, de tão puto e constrangido que estava...
Como ele me contou a história toda rindo, começando num 'tu não vai acreditar no que aconteceu comigo', fiquei à vontade para perder o amigo sem perder a piada. A primeira pergunta que fiz:
- Pô, mas e o cara, era gatinho?!
Como ele levou na boa e não se estressou, sonorizei um outro pensamento que me veio à mente durante a história:
- Cara, você é muito inocente! Ainda acha mesmo que o malandro tava dormindo??? Ele tava é te manjando!!!!
Sorte que eu conto o milagre, mas não revelo o santo...
Já era mais hoje do que ontem. Ele voltava, de busum, coitado, da ZS para a ZN, onde tinha deixado uma menina que anda pegando, num pós cineminha. Domingão, mais de duas da matina, o coletivo para no Flamengo, ali na altura que a galera bate uma pelada madrugada adentro. Além de um a meia dúzia de garçons de chuteiras, entra um bebum que, é lógico, senta do lado do cara, apesar de o ônibus estar praticamente vazio.
Até aí, tudo bem. Ele disse que imaginou o cara dormindo, caindo em cima dele. Imaginou até que o doido puxasse um daqueles tradicionais papos de bêbado. Que nada; o malandro botou as mãos no encosto do banco da frente e apoia a cabeça, olhando para o chão.
Dormiu, meu amigo pensou.
Quando o ônibus entra no Mergulhão, no Centro da cidade, o sujeito quica no banco, segura no braço do meu amigo (com força, segundo ele) e manda, em alto e bom som:
- Aí, quer dormir lá em casa não?! Vem dormir comigo lá em casa!
O cara disse que levou um mega susto, daqueles tipo o anjo da guarda deu no pinote, que você sente que o sangue vai todo parar no pé. Depois ele ficou confuso, não entendeu a parada. Achou que era pegadinha, sei lá. Aí, entendeu a ideia do malandro. E ficou vermelho. Primeiro de vergonha; depois, de ódio. Tudo isso numa fração de segundos. A primeira reação foi fechar o punho. Depois ele fechou a cara. Aí mandou um "sai daqui agora mermão" ou algo bem parecido.
No que o maluco desceu do ônibus, um dos paraíbas que sentou do outro lado do corredor disse:
- Cara, se tu dá um soco nele, a gente tudo caída de porrada nesse viado safado!
Ficou com mais vergonha ainda. Nem lembra do que respondeu, de tão puto e constrangido que estava...
Como ele me contou a história toda rindo, começando num 'tu não vai acreditar no que aconteceu comigo', fiquei à vontade para perder o amigo sem perder a piada. A primeira pergunta que fiz:
- Pô, mas e o cara, era gatinho?!
Como ele levou na boa e não se estressou, sonorizei um outro pensamento que me veio à mente durante a história:
- Cara, você é muito inocente! Ainda acha mesmo que o malandro tava dormindo??? Ele tava é te manjando!!!!
Sorte que eu conto o milagre, mas não revelo o santo...
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