Há pouco mais de um ano e meio, tinha várias dúvidas e só uma certeza na minha cabeça: de 2010, minha viagem para a Europa não passava. Como planejamento e segredo são mais a alma do negócio do que a propaganda, na minha humilde opinião, comecei, no sapatinho, a reunir em um blog todas as informações possíveis e imagináveis sobre viagens sem pacotes de agências de turismo.
O blog não deu certo. A viagem, sim.
Como eu não sou egoísta, resolvi dividir aqui, com os meus amigos que ainda não se aventuraram a desbravar o Velho Mundo, as informações mais úteis. Daquilo que pesquisei e otras cositas más tiradas da minha própria experiência. Ou seja, é a editoria de pitaco voltando com força total, cheia de marra e no auge da gatomestrice turística.
Começarei no estilo supersincera: se a sua primeira viagem para a Europa está atrelada à lua-de-mel, desista. Guarde seu rico dinheirinho e vá para algum lugar bacaninha aqui no Brasil mesmo. Deixa para uma segunda lua-de-mel ou, quem sabe, para superar a crise dos dois anos de casada - melhor até prevenir esse troço; vai comemorat um ano e meio de casamento na Europa, sei lá. Ok, serei curta e grossa: foder no mínimo três vezes ao dia não combina com tanta coisa para ver e tanto lugar para andar. Pronto, falei.
Mochilão, só no estilo da viagem. Dar uma de tartaruga, caracol ou seres semelhantes, é coisa só pra maluco ou quem já está acostumado com isso. Arruma uma boa mala com tração nas quatro rodas, e boa viagem! Uma dica útil para arrumar a infeliz é empilhar todas as roupas que pretende levar... e dispensar pelo menos 30% delas. Você, provavelmente, não usará aquilo tudo, e só ocupará espaço que deveria ser reservado a pequenas bugigangas que não resistirá trazer. Remédio para esse tipo de coisa é incluir umas duas ou três visitas, dependendo do tempo que ficar vagando por lá, a lavanderias estilo self service. Com 8 euros (ou 6 pounds) dá para lavar e secar roupa pra cacete.
Outra dica no quesito 'o que levar' é não acreditar em ninguém e verificar no site Canal do Tempo as médias de temperatura dos lugares que pretende visitar. É batata! Só para registro, o frio, lá, é mais frio, ok? Gelaaaaaaaado...
Ops, outra: se o lugar para onde vai está frio, retire ainda mais blusas da mala e substitua-as por casacos. É um saco olhar as fotos depois e estar com a mesma roupa, sempre. Humpf!
A maior dúvida cruel era sobre orçamento para viagem. Quanto levar, como gastar, é caro, é barato? Garrava um ódio quando lia respostas evasivas para esse tipo de pergunta nos mais diversos sites no vasto w da www. Mas a verdade é que isso depende do gosto de cada um, do quão guerreira será sua viagem, do que você está acostumado e até onde se submete para realizar o sonho da trip sem se fuder demais, financeiramente falando. No meu caso, economizei, mas mifu também.
Vão as dicas: água é caro. Então, se você não quer (como eu) arriscar o bom funcionamento do seu aparelho digestivo submetendo-o à água tratadinha que sai de qualquer torneira, precisará comprar água de garrafinha. Muitas com gosto ruim. Todas com preços absurdos, se não forem compradas aos lotes, em mercados. Vai por mim, a rainha da água supergelada: você se acostuma rápido a beber água em temperatura ambiente. Mesmo porque, a temperatura ambiente que peguei, tirando o fim da viagem, na Itália, deixava qualquer bebida bem geladinha...
Se o seu orçamento está apertado, é bom nem pensar que vai almoçar e jantar todos os dias. E nem conte com um café da manhã reforçado para aguentar aquele almoço bem tarde. Bons cafés da manhã não combina com hotéis baratinhos na Europa. Mas vale procurar aqueles que ofereçam a refeição e tapear a fome com um lanche (mais uma vez, aquela passada bacana no mercado é econômica pacas), deixando a refeição decente para mais tarde, bem mais tarde. Ou apele mesmo para o fast food, que tem precinho acessível até em pounds.
Vou confessar que cometemos excessos no quesito alimentação. Vários. Na primeira etapa da viagem, com litros de hot chocolate e qualquer coisa que levasse nutella (a invenção do capeta), e na segunda etapa, com muito gellatto!
Quanto aos transporte, algumas considerações são válidas. Não aconselho ficar pulando de um país para o outro em voos low cost. É um atraso de vida. Investe num passe de trem ou, na pior das hipóteses, compre as passagens com alguma antecedência, para pegar bons preços. Deixe os low cost para trechos onde o trem é carésimo, tipo Edimburgo-Londres, que ficava inviável. No Reino Unido, não dixe de verificar os preços da Virgin Trains (dica do Feroli), que são mais acessíveis. Na Itália, preste atenção, porque rola usar trem regional, e quem tem passe da Eurail não precisa gastar com reserva, obrigatória nos TGV e afins.
Não tem metrô em Edimburgo, só trem. Mas os ônibus (muitos de dois andares) atendem bem, e pontualmente. Vale horrores comprar, lá mesmo, os tíquetes de três dias ou uma semana. Mas preste atenção: são só duas companhias, a Lothian e a First; se comprar para uma, não pode usar na outra. Em Londres, principalmente se é sua primeira vez por lá, vale a pena investir em um London Pass que, além de acesso ilimitado ao Tube e aos ônibus, ainda dá desconto, entrada gratuita e, em alguns pontos turísticos, direito a furar a fila.
Agora, se você já passou por todos os lerês de London, London, aposte num Oyster e fica lá uma semana inteira descobrindo coisas que turistas comuns nem imaginam que existe. Da próxima, é a minha missão!
Em Paris tem um passe semelhante, o Paris Pass. Mas nós compramos, lá mesmo, numa daquelas cabines de atendimento a turistas, o Paris Visite, que serviu muito bem aos nossos propósitos. Em Firenze, o passe de ônibus, comprado em estilo self service, no meio da rua, também atendeu tranquilamente, da mesma forma que em Veneza nós adquirimos um passe para o metrô aquático de lá, assim que chegamos, em uma das cabines em frente à Santa Lucia. Em Roma, apesar de eu ter comprado daqui mesmo o Roma Pass, que também dá direito a entrar no Coliseu sem filas, além das ruínas do Palatino, Appica e Foro Romano e dois museus, a escolher a partir de uma lista.
É isso. Falei demais neste post. Depois reúno mais dicas para postar.
O blog não deu certo. A viagem, sim.
Como eu não sou egoísta, resolvi dividir aqui, com os meus amigos que ainda não se aventuraram a desbravar o Velho Mundo, as informações mais úteis. Daquilo que pesquisei e otras cositas más tiradas da minha própria experiência. Ou seja, é a editoria de pitaco voltando com força total, cheia de marra e no auge da gatomestrice turística.
Começarei no estilo supersincera: se a sua primeira viagem para a Europa está atrelada à lua-de-mel, desista. Guarde seu rico dinheirinho e vá para algum lugar bacaninha aqui no Brasil mesmo. Deixa para uma segunda lua-de-mel ou, quem sabe, para superar a crise dos dois anos de casada - melhor até prevenir esse troço; vai comemorat um ano e meio de casamento na Europa, sei lá. Ok, serei curta e grossa: foder no mínimo três vezes ao dia não combina com tanta coisa para ver e tanto lugar para andar. Pronto, falei.
Mochilão, só no estilo da viagem. Dar uma de tartaruga, caracol ou seres semelhantes, é coisa só pra maluco ou quem já está acostumado com isso. Arruma uma boa mala com tração nas quatro rodas, e boa viagem! Uma dica útil para arrumar a infeliz é empilhar todas as roupas que pretende levar... e dispensar pelo menos 30% delas. Você, provavelmente, não usará aquilo tudo, e só ocupará espaço que deveria ser reservado a pequenas bugigangas que não resistirá trazer. Remédio para esse tipo de coisa é incluir umas duas ou três visitas, dependendo do tempo que ficar vagando por lá, a lavanderias estilo self service. Com 8 euros (ou 6 pounds) dá para lavar e secar roupa pra cacete.
Outra dica no quesito 'o que levar' é não acreditar em ninguém e verificar no site Canal do Tempo as médias de temperatura dos lugares que pretende visitar. É batata! Só para registro, o frio, lá, é mais frio, ok? Gelaaaaaaaado...
Ops, outra: se o lugar para onde vai está frio, retire ainda mais blusas da mala e substitua-as por casacos. É um saco olhar as fotos depois e estar com a mesma roupa, sempre. Humpf!
A maior dúvida cruel era sobre orçamento para viagem. Quanto levar, como gastar, é caro, é barato? Garrava um ódio quando lia respostas evasivas para esse tipo de pergunta nos mais diversos sites no vasto w da www. Mas a verdade é que isso depende do gosto de cada um, do quão guerreira será sua viagem, do que você está acostumado e até onde se submete para realizar o sonho da trip sem se fuder demais, financeiramente falando. No meu caso, economizei, mas mifu também.
Vão as dicas: água é caro. Então, se você não quer (como eu) arriscar o bom funcionamento do seu aparelho digestivo submetendo-o à água tratadinha que sai de qualquer torneira, precisará comprar água de garrafinha. Muitas com gosto ruim. Todas com preços absurdos, se não forem compradas aos lotes, em mercados. Vai por mim, a rainha da água supergelada: você se acostuma rápido a beber água em temperatura ambiente. Mesmo porque, a temperatura ambiente que peguei, tirando o fim da viagem, na Itália, deixava qualquer bebida bem geladinha...
Se o seu orçamento está apertado, é bom nem pensar que vai almoçar e jantar todos os dias. E nem conte com um café da manhã reforçado para aguentar aquele almoço bem tarde. Bons cafés da manhã não combina com hotéis baratinhos na Europa. Mas vale procurar aqueles que ofereçam a refeição e tapear a fome com um lanche (mais uma vez, aquela passada bacana no mercado é econômica pacas), deixando a refeição decente para mais tarde, bem mais tarde. Ou apele mesmo para o fast food, que tem precinho acessível até em pounds.
Vou confessar que cometemos excessos no quesito alimentação. Vários. Na primeira etapa da viagem, com litros de hot chocolate e qualquer coisa que levasse nutella (a invenção do capeta), e na segunda etapa, com muito gellatto!
Quanto aos transporte, algumas considerações são válidas. Não aconselho ficar pulando de um país para o outro em voos low cost. É um atraso de vida. Investe num passe de trem ou, na pior das hipóteses, compre as passagens com alguma antecedência, para pegar bons preços. Deixe os low cost para trechos onde o trem é carésimo, tipo Edimburgo-Londres, que ficava inviável. No Reino Unido, não dixe de verificar os preços da Virgin Trains (dica do Feroli), que são mais acessíveis. Na Itália, preste atenção, porque rola usar trem regional, e quem tem passe da Eurail não precisa gastar com reserva, obrigatória nos TGV e afins.
Não tem metrô em Edimburgo, só trem. Mas os ônibus (muitos de dois andares) atendem bem, e pontualmente. Vale horrores comprar, lá mesmo, os tíquetes de três dias ou uma semana. Mas preste atenção: são só duas companhias, a Lothian e a First; se comprar para uma, não pode usar na outra. Em Londres, principalmente se é sua primeira vez por lá, vale a pena investir em um London Pass que, além de acesso ilimitado ao Tube e aos ônibus, ainda dá desconto, entrada gratuita e, em alguns pontos turísticos, direito a furar a fila.
Agora, se você já passou por todos os lerês de London, London, aposte num Oyster e fica lá uma semana inteira descobrindo coisas que turistas comuns nem imaginam que existe. Da próxima, é a minha missão!
Em Paris tem um passe semelhante, o Paris Pass. Mas nós compramos, lá mesmo, numa daquelas cabines de atendimento a turistas, o Paris Visite, que serviu muito bem aos nossos propósitos. Em Firenze, o passe de ônibus, comprado em estilo self service, no meio da rua, também atendeu tranquilamente, da mesma forma que em Veneza nós adquirimos um passe para o metrô aquático de lá, assim que chegamos, em uma das cabines em frente à Santa Lucia. Em Roma, apesar de eu ter comprado daqui mesmo o Roma Pass, que também dá direito a entrar no Coliseu sem filas, além das ruínas do Palatino, Appica e Foro Romano e dois museus, a escolher a partir de uma lista.
É isso. Falei demais neste post. Depois reúno mais dicas para postar.
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