Qualquer produto nacional ou importado destinado ao público infanto-juvenil - inclusive embalagens - que reproduza a forma de cigarros e similares terá a fabricação, comercialização, distribuição e propaganda proibidas no Brasil.O trecho acima é uma reprodução do texto do projeto de lei da Câmara (PLC 17/10), aprovado nesta quarta-feira (23), pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). A matéria será votada ainda pelas Comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).
O PLC 17/10 foi apresentado pelo então deputado Clodovil Hernandes e aprovado pela Câmara na forma de substitutivo. O objetivo, segundo ressaltou seu autor na justificativa, é "proteger as crianças contra a exposição de qualquer tipo de produto, seja ele brinquedo ou alimento, que reproduza a forma de cigarro".
Trocando em miúdos, significa o fim definitivo dos cigarrinhos de chocolate da PAN. Lembra?
Em Portugal tem uma lei bem parecida, vigorando desde 2008. Elas reforçam teorias de conspiração tabagista; um ardil maléfico da indústria do tabaco para criar uma geração de fumantes, onde a aparência inocente, a doçura do chocolate, tudo era parte de um plano Pavloviano para condicionar os adultos de hoje a consumir cigarros, e ainda sentir prazer, ignorando os efeitos colaterais.
Para a PAN, foi um negócio rentável. Nem mesmo as moedas ou guarda-chuvas de chocolate apresentou um retorno de imagem tão maciço para a empresa, que cresceu absurdos por conta dos cigarrinhos e da cumplicidade das grandes empresas de tabaco. A Garoto fabricava cigarrinhos de chocolate nos anos 50, em um possível projeto experimental da ainda amadora indústria do tabaco no Brasil. Mas o projeto não deu certo.
Seja qual for a sua opinião sobre o assunto maluco, não dá para negar a genialidade de propagandas como esta:
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