O lugar onde faço fisioterapia é recordista interplanetário de maior número de velhinhas por metro quadrado, podes crer. Pelo menos no meu horário. Por causa disso, a porra toda sempre atrasa, porque são dois fisioterapeutas, apenas, rodando de um lado pro outro para trocar aparelhinhos, passar ultrassom, orientar exercícios e... ajudar as velhinhas a levantar da maca, a se deslocarem, etc.
Hoje, uma senhorinha que SEMPRE está lá, sofria horrores. Talvez pelo frio, talvez pela condição mesmo, talvez as duas coisas juntas. Sei que a mulher, pequenininha, curvada e de cabelinhos brancos e curtos sofria muito. Hurrava de dor cada vez que se mexia. Eu pensava:
-Ai, meu Deus, não me deix a ficar assim...
Sabe, eu sou péssima em decifrar idade alheia. Talvez porque eu não me ligue muito nessas paradas, talvez porque eu mesma não aceite que passei dos 16 anos... Faço a menor ideia de há quantos anos aquela pessoa já vaga aqui pela Terra. Só posso afirmar que está bem castigada.
Deu algum problema com o tratamento dela hoje. Além das dores, a coitada tava puta dentro das anáguas, porque não queriam autorizar a sessão de fisio do dia. Não entendi bem qual foi o trelelê. Sei que precisavam de uma meleca de um papel assinado não-sei-por-quem. Pelo que pude perceber, o fisioterapeuta adiantou o lado dela com o tratamento e tinha se prontificado a pegar o tal papel mais tarde.
Mas sabe como é velho, né...
Depois de gemer horrores e me deixar megacabreira na cabine em frente à dela. A coroinha (que anda por cima tem sotaque de portuguesa) falou, falou, falou, eu não entendi patavinas, pra variar, e ela saiu, à revelia do que o fisioterapeuta respondia (o que me ajudou a entender o bafafá). Todo esse furdunço ao som de ópera, que beleza...
Sei que não demorou tanto assim, em vista da escadaria que ela precisaria subir e descer, e voltou com o bendido do papel. Eu estava no ultrassom. Deu para entender uma frase solta da enxurrada que ela proferiu quando o fisioterapeuta fez menção de protestar por ela ter ido buscar o troço, quando ele já tinha avisado que pegaria, mais tarde, ele mesmo:
- ... e quem faz o meu serviço?...
Definitivamente, não quero ficar assim!
Hoje, uma senhorinha que SEMPRE está lá, sofria horrores. Talvez pelo frio, talvez pela condição mesmo, talvez as duas coisas juntas. Sei que a mulher, pequenininha, curvada e de cabelinhos brancos e curtos sofria muito. Hurrava de dor cada vez que se mexia. Eu pensava:
-Ai, meu Deus, não me deix a ficar assim...
Sabe, eu sou péssima em decifrar idade alheia. Talvez porque eu não me ligue muito nessas paradas, talvez porque eu mesma não aceite que passei dos 16 anos... Faço a menor ideia de há quantos anos aquela pessoa já vaga aqui pela Terra. Só posso afirmar que está bem castigada.
Deu algum problema com o tratamento dela hoje. Além das dores, a coitada tava puta dentro das anáguas, porque não queriam autorizar a sessão de fisio do dia. Não entendi bem qual foi o trelelê. Sei que precisavam de uma meleca de um papel assinado não-sei-por-quem. Pelo que pude perceber, o fisioterapeuta adiantou o lado dela com o tratamento e tinha se prontificado a pegar o tal papel mais tarde.
Mas sabe como é velho, né...
Depois de gemer horrores e me deixar megacabreira na cabine em frente à dela. A coroinha (que anda por cima tem sotaque de portuguesa) falou, falou, falou, eu não entendi patavinas, pra variar, e ela saiu, à revelia do que o fisioterapeuta respondia (o que me ajudou a entender o bafafá). Todo esse furdunço ao som de ópera, que beleza...
Sei que não demorou tanto assim, em vista da escadaria que ela precisaria subir e descer, e voltou com o bendido do papel. Eu estava no ultrassom. Deu para entender uma frase solta da enxurrada que ela proferiu quando o fisioterapeuta fez menção de protestar por ela ter ido buscar o troço, quando ele já tinha avisado que pegaria, mais tarde, ele mesmo:
- ... e quem faz o meu serviço?...
Definitivamente, não quero ficar assim!
0 comentários:
Postar um comentário