Se não foi ver ainda, pare por aqui e corra para o cinema. Este post contém spoiler.
Aceitação. Por incível que pareça, a palavra-chave de X-Men: First Class é essa mesmo. E, por mais obtusa que possa ser a visão do espectador (tirando a mocinha insuportável de sotaque estranho que sentou atrás de mim na sessão de ontem, no Cinemark), não é difícil perceber uma discussão mais profunda nesse novo episódio da franquia, que ultrapassa os limites dos efeitos especiais, visuais, pancadarias ou de roupas coladinhas no corpo.
Para começo de conversa, o roteiro nos apresenta um Professor X totalmente diferente daquele que conhecemos até então. Charles Xavier é jovem, anda e tem cabelos. Mas não é só isso: é um rapaz inteligente, sim, mas um bon vivant clássico, que só quer se tornar um grande professor. Desconfiei, até, que parte de sua inteligência devesse ser creditada à sua mutação telepática. Fica a dúvida. E a sensação de ter conhecido, sei lá, seu professor fora das salas de aula, ou o seu pai, antes de casar com a sua mãe...
A transmorfa Mística é mostrada como uma espécie de irmã adotiva de Xavier. Seu poder a transforma em outra pessoa e ela passa a adolescência fingindo ser quem não é. O ápice do filme é a cena em que Magneto pergunta à moça:
- Como alcançar seu potencial se você vive sua vida concentrando-se em ser alguém que não é?
É um questionamento que pode e deve ser trazido para a vida real...
Aliás, as discussões filosóficas entre Xavier e Magneto são outro ponto que merece destaque no filme. Descobri que as personagens de Xavier e Magneto foram inspirados livremente nos debates ideológicos de Martin Luther King e Malcom X pelos direitos dos negros. Enquanto Xavier acreditava na convivência pacífica entre humanos e mutantes, o Magneto tinha a certeza da supremacia de sua raça, considerada o próximo degrau na evolução da espécie, e desejava escravizar o homo sapiens. Por isso, não é difícil a gente se ver torcendo hora por um, hora pelo outro, concordando com um ou com o outro, dependendo do momento do filme.
Erik Lehnsher, o maior terrorista do universo Marvel, tem um quê de Darth Vader que não dá para ignorar. E com o talento de Michael Fassbender, nos vemos pensando que Magneto não é mau, mas apenas um cara concentrado em seu ódio, e lamentamos que ideologias tenham separado os dois amigos. Afinal, como não odiar o nazista que matou a sua mãe porque você ainda não conseguia controlar seus poderes?
Lamentável, apenas, foi o papel de mera coadjuvante dado à Rainha Branca. Mas acho que não cresceu porque January Jones tem uma atuação bem fraquinha, cá entre nós. Se era para ficar com aquela cara de paisagem, melhor seria botar a Scarlett Johnasson pra fazer isso. Pelo menos convenceria melhor, né.
Aceitação. Por incível que pareça, a palavra-chave de X-Men: First Class é essa mesmo. E, por mais obtusa que possa ser a visão do espectador (tirando a mocinha insuportável de sotaque estranho que sentou atrás de mim na sessão de ontem, no Cinemark), não é difícil perceber uma discussão mais profunda nesse novo episódio da franquia, que ultrapassa os limites dos efeitos especiais, visuais, pancadarias ou de roupas coladinhas no corpo.
Para começo de conversa, o roteiro nos apresenta um Professor X totalmente diferente daquele que conhecemos até então. Charles Xavier é jovem, anda e tem cabelos. Mas não é só isso: é um rapaz inteligente, sim, mas um bon vivant clássico, que só quer se tornar um grande professor. Desconfiei, até, que parte de sua inteligência devesse ser creditada à sua mutação telepática. Fica a dúvida. E a sensação de ter conhecido, sei lá, seu professor fora das salas de aula, ou o seu pai, antes de casar com a sua mãe...
A transmorfa Mística é mostrada como uma espécie de irmã adotiva de Xavier. Seu poder a transforma em outra pessoa e ela passa a adolescência fingindo ser quem não é. O ápice do filme é a cena em que Magneto pergunta à moça:
- Como alcançar seu potencial se você vive sua vida concentrando-se em ser alguém que não é?
É um questionamento que pode e deve ser trazido para a vida real...
Aliás, as discussões filosóficas entre Xavier e Magneto são outro ponto que merece destaque no filme. Descobri que as personagens de Xavier e Magneto foram inspirados livremente nos debates ideológicos de Martin Luther King e Malcom X pelos direitos dos negros. Enquanto Xavier acreditava na convivência pacífica entre humanos e mutantes, o Magneto tinha a certeza da supremacia de sua raça, considerada o próximo degrau na evolução da espécie, e desejava escravizar o homo sapiens. Por isso, não é difícil a gente se ver torcendo hora por um, hora pelo outro, concordando com um ou com o outro, dependendo do momento do filme.
Erik Lehnsher, o maior terrorista do universo Marvel, tem um quê de Darth Vader que não dá para ignorar. E com o talento de Michael Fassbender, nos vemos pensando que Magneto não é mau, mas apenas um cara concentrado em seu ódio, e lamentamos que ideologias tenham separado os dois amigos. Afinal, como não odiar o nazista que matou a sua mãe porque você ainda não conseguia controlar seus poderes?
Lamentável, apenas, foi o papel de mera coadjuvante dado à Rainha Branca. Mas acho que não cresceu porque January Jones tem uma atuação bem fraquinha, cá entre nós. Se era para ficar com aquela cara de paisagem, melhor seria botar a Scarlett Johnasson pra fazer isso. Pelo menos convenceria melhor, né.
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