A dor da rejeição não é apenas uma expressão ou figura de linguagem, mas algo tão real como a dor física, segundo uma pesquisa realizada na Universidade de Michigan. A conclusão dos cientistas é que experiências intensas de rejeição social ativam as mesmas áreas no cérebro que atuam na resposta a experiências sensoriais dolorosas. Os resultados do estudo serão publicados esta semana no site e em breve na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
Ou seja: não há diferença entre derramar uma xícara de café quente sobre você mesma ou passar por um rompimento inesperado. Estudos anteriores indicaram que as mesmas regiões no cérebro apoiam os sentimentos emocionalmente estressantes que acompanham a experiência tando da dor física como da rejeição social. A nova pesquisa destaca que há uma interrelação neural entre esses dois tipos de experiências em áreas do cérebro, uma parte em comum que se torna ativa quando uma pessoa experimenta sensações dolorosas, físicas ou não. Os culpados: o córtex somatossensorial e a ínsula dorsal posterior.
Participaram do estudo 40 voluntários que haviam passado por um fim inesperado de relacionamento amoroso nos últimos seis meses e que disseram se sentir rejeitados por causa do ocorrido. Cada participante completou duas tarefas, uma relacionada à sensação de rejeição e outra com respostas à dor física, enquanto tinham seus cérebros examinados por ressonância magnética funcional.
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