Modinha?

Coincidência ou não? Fato é que dar descarga não vem sendo usual nos banheiros femininos da ZS. Lugares caros, gente bonita, só granfino... Lavam nem a mão. O cúmulo do absurdo foi na novíssima Pizzaria Bráz, importada de São Paulo, falada bagarai, mas que eu nem achei essa coisa toda, hein.

Subi atrás de uma perua montada numa bota de cano alto de saltão e shortinho. Mega maquiada, tintura do cabelo super em dia, ela carregava a filha pela mão. Uns quatro anos, mais ou menos, não sei bem precisar. Chamava a menina de peruinha. Achei até apropriado. Estramos todas no banheiro, ela dava instruções para a criança não botar a mão em nada, porque não precisava.


Entrei na minha cabine e já vi a água da privada desagradavelmente amarela. Isso me deixa puta, negócio de nego não dar descarga e deixar a tarefa para o bucha que usar o reservado depois. Ô ódio. Enquando isso, mãe e filha continuavam falando, falando falando... De repente, silêncio. Fiquei sozinha, sem ouvir um barulho sequer de água - nem descarga, nem torneira. Saí ainda em tempo de ouvir a garotinha querendo voltar pro banheiro para lavar a mão. A resposta da peruona?

- Pra quê? Você não botou a mão em nada...

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