Atotô, Obaluaê, atotô!
Obaluâe é o Orixá da morte, representando a passagem da vida para a morte. No entanto, isto não indica um período de tragédias, mas sim repleto de mudanças e transformações, seja elas positivas ou negativas. Outro lado importante de Obaluâe é o materialismo, o que faz de 2013 um período propício para investir na carreira e ter avanços em sua vida profissional. Por outro lado, Obaluâe tem uma personalidade severa e insensível, podendo não ser simpático às nossas expectativas e esperanças.
Também é bom lembrar que no seu lado positivo, Obaluâe é consolidador dos
projetos e representa o nosso lado mais realizador e empenhado em construir algo
de sólido em nossa vida. Ele tem um papel importante também em tudo o que diz
respeito à nossa vida profissional, à nossa carreira e ao espaço que ocupamos na
sociedade com nossa atividade e nosso trabalho. E o tempo (“cronos”, o nome
grego de Saturno), é um fator fundamental na maturação de tudo o que esperamos
na vida, portanto a paciência e a perseverança também são elementos
indispensáveis para podermos extrair o melhor que Obaluâe pode nos
oferecer.
Obaluâe por ser o senhor da transformação mostrará que a terra precisa
transformar, e como consequência nós homens estaremos mais suscetíveis a essas
transformações principalmente climáticas e telúricas (terremotos). Há um índice
alto também de erupções vulcânicas para o segundo bimestre do Ano de 2013.
Conheça o Orixá
Obaluaê: OBA (rei), LUAYE (céu e terra)
Cor: preto, branco e vermelho
Elemento: terra
Metal: chumbo
Pedra: turmalina negra
Comida: pipoca
Data: 16 de agosto
Dia da semana: segunda-feira
Flores: rosas brancas, cravo vermelho, palmas
Frutas: banana da terra, abacaxi, laranja lima
Bebida: vinho tinto
A figura de Omulu-Obaluaê, assim como seus mitos, é completamente cercada de mistérios e dogmas indevassáveis. Em termos gerais, a essa figura é atribuído o controle sobre todas as doenças, especialmente as epidêmicas. Faria parte da essência básica vibratória do Orixá tanto o poder de causar a doença como o de possibilitar a cura do mesmo mal que criou.
Em algumas narrativas mais tradicionalistas tentam apontar-se que o conceito original da divindade se referia ao deus da varíola, tal visão porém, nos parece uma evidente limitação. A varíola não seria a única doença sob seu controle, simplesmente pôr ser a epidemia mais devastadora e perigosa que conheciam os habitantes da comunidade original africana, onde surgiu Omulu-Obaluaê, o Daomé.
Assim, sombrio e grave como Iroco, Oxumarê (seus irmãos) e Nanã (sua Mãe), Omulu-Obaluaê é uma criatura da cultura jeje, posteriormente assimilada pelos iorubas. Enquanto os Orixás iorubanos são extrovertidos, de têmpera passional, alegres, humanos e cheios de pequenas falhas que os identificam com os seres humanas, a figuras daomeanas estão mais associadas a uma visão religiosa em que distanciamento entre deuses e seres humanos é bem maior. Quando há aproximação, há de se temer, pois alguma tragédia está para acontecer, pois os Orixás do Daomé são austeros no comportamento mitológico, graves e conseqüentes em suas ameaças.
A visão de Omulu-Obaluaê é a do castigo. Se um ser humano falta com ele ou um filho-de-santo seu é ameaçado, o Orixá castiga com violência e determinação, sendo difícil uma negociação ou um aplacar, mais prováveis nos Orixás iorubas.
Pierre Verger, nesse sentido, sustenta que a cultura do Daomé é muito mais antiga que a ioruba, o que pode ser sentido em seus mitos: A antigüidade dos cultos de Omolu- Obaluaê e Nanã (Orixá feminino), freqüentemente confundidos em certas partes da África, é indicada por um detalhe do ritual dos sacrifícios de animais que lhe são feitos. Este ritual é realizado sem o emprego de instrumentos de ferro, indicando que essas duas divindades faziam parte de uma civilização anterior à Idade do Ferro e à chegada de Ogum.
Como parte do temor dos iorubas, eles passaram a enxergar a divindade (Omulu-Obaluaê) mais sombria dos dominados como fonte de perigo e terror, entrando num processo que podemos chamar de malignação de um Orixá do povo subjugado, que não encontrava correspondente completo e exato (apesar da existência similar apenas de Ossâim). Omulu-Obaluaê seria o registro da passagem de doenças epidêmicas, castigos sociais, já que atacariam toda uma comunidade de cada vez.
Com informações do blog Estudo Religioso
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