Muito provavelmente, a única vantagem de Sting sobre Paulinho da Viola é que o cantor inglês, apaixonado pelo Rio, torceria pelo Flamengo. Fora isso, só para responder à questão do post anterior, Paulinho rules! Mal comparando as duas apresentações, sem desmerecer nenhum dos artistas, o espetáculo do sambista foi, certamente, mais enxuto — perfeito!
O show do Police, ontem, no Maraca, começou com uma incrível pontualidade britânica, afetada pelo famoso jeitinho brasileiro — só dois minutos de atraso, inclusive para a entrada dos Paralamas do Sucesso no palco, abrindo a noite com um repertório sob medida para a missão.
Foram 50 minutinhos para suar a camisa dançando e gritando as letras, na ponta da língua, de hits como Vital e sua moto, Selvagem — com incidental de Polícia, dos Titãs, com quem os Paralamas dividem o palco na Marina da Glória em janeiro para gravar DVD festivo de 25 anos das bandas —, Alagados, Meu erro e uma homenagem ao Legião Urbana, com Que país é este? — embora fosse mais 'gancho' para minha matéria Química. Esquema aula de spinning.
Stewart Copeland, o baterista queridinho da galera, feraça das baquetas, foi o primeiro a aparecer, ainda ao som do reggae 'marleyano', Get up, stand up. Dali para a frente, não houve qualquer surpresa no set list — Sting, Copeland e Summers mantiveram o repertório da turnê, que não vinha agradando ao público latino-americano; pelo menos, antes de chegar ao Rio.
Message in a bottle já abriu com responsabilidade um show que chegou a esfriar o público em alguns momentos. Esfriar, mas não entediar. Houve tempo para uma descansadinha básica, para tomar um fôlego, em Hole in my life e Truth hits everybody, pouco conhecidas da maioria presente.
Nada que pudesse amenizar a animação durante as clássicas Can't stand losing you, Don't stand so close to me, Walking on the moon, Wrapped around your fingers, Roxanne, King of pane, So lonely, Every little thing she does is magic, SynchronicityII — que se dane a ordem dos fatores! —, além de Every Breath you take, cantada em uníssono pelos fãs brazucas.
As quase 80 mil pessoas que estiveram ontem no Maracanã saíram felizes — satisfeitas e cansadas, muito cansadas. Afinal, tinha espaço para dançar e se divertir a contento, grande pedida da noite no templo, a cara dos anos 1980. Parecia título do mengão! Bons tempos da década nem tão perdida assim...
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