As fotos são cortesia do Feroli!
O show do Duran Duran na noite de ontem, no Vivo Rio, estava morno e burocrático. Até Simon Le Bon dar uma cambalhota no lead do meu post. Comecemos pelo fim: clichê dos clichês, se desenhava desdo o início do show, no melhor estilo "chapa, eu te disse", que os ingleses de Birmingham encerrariam sua apresentação em palcos cariocas de forma apoteótica, embora um tanto óbvia — com Rio, do álbum homônimo lançado em 1982, que ainda traz os hits Hungry like the wolf e Save a prayer, outros dois bons momentos do show.
Só não se contava que a apoteose fosse tão, digamos, apoteótica. Pois não é que, 20 anos depois — do show na Apoteose, diga-se de passagem, em 1988, no extinto Hollywood Rock, quando o grupo já entrava em declínio — Le Bon continua Mengão? Último convocado a integrar a banda montada por Nick Rhodes e John Taylor no finalzinho dos anos 1970, a voz que é a marca registrada do Duran Duran adentra o palco, correndo, enrolado numa bandeira do Brasil e metido no último modelo do Manto Sagrado. A 10, obóvio. Parafraseando Arthur Muhlemberg, vizinho do Blog do Torcedor, foi a Letra AFA do Le Bon.
Uma revolução para um show que tinha tudo para passar quase despercebido por aqui.
O revés do saudosismo, tirando raríssimas exceções — e, nessas, nem vale citar os Stones porque os caras venderam a alma pro capeta —, é a cruel constatação de que o tempo passa. E que ele é implacável. Como o próprio vilão Duran Duran diz na letra da música The reflex, a mais pedida pelo público na noite de ontem, buy time, don't lose it. Ao completar 30 anos de existência este ano, o grupo, que comemora as três décadas com o lançamento do álbum Red carpet massacre, e imperava, no seu início, nas pistas de dança com um hit atrás do outro — Is there something I should know?, I don't want your love, Notorius, Wild boys, A view to a kill (essa mesma, do 007), todas presentes no set list da noite —, tem as baladas da carreira como referência.
Prova disso foi a presença de um público (bem pequeno, inclusive, para o Vivo Rio) relativamente jovem para tanta estrada e que cantou junto com Le Bon as letras completinhas de Save a prayer, Come undone e Ordinary world (música que agora me dá a impressão que Carolina Ferraz vai aparecer a qualquer momento, em slow motion), pontos altos de interação entre a banda e o público. Só faltou Matter of feeling.
Da nova safra, Falling down — single lançado em 2007 e que resultou na parceria com a dupla Timbaland e Timberlake, os atuais queridinhos da produção fonogáfica do rock internacional que bateram ponto, inclusive, em Hard Candy, o novo da Madonna — agradou. Assim como Nite runner, que é bem dançante. O 12º álbum da banda preferida da falecida Princesa Diana parece não ter grandes pitadas de saudosismo, mas é beeem Duran Duran. Le Bon, Rhodes, Taylor e Taylor (o outro Taylor da formação original foi substituído, no ano passado, pelo guitarrista Dom Brown) podiam é ter economizado um pouco na abertura, com a enorrrrrrme The valley, e no bis, porque Girls on film ficou tão esticada quanto o rostinho dos roqueiros... e nem precisava.
Só não se contava que a apoteose fosse tão, digamos, apoteótica. Pois não é que, 20 anos depois — do show na Apoteose, diga-se de passagem, em 1988, no extinto Hollywood Rock, quando o grupo já entrava em declínio — Le Bon continua Mengão? Último convocado a integrar a banda montada por Nick Rhodes e John Taylor no finalzinho dos anos 1970, a voz que é a marca registrada do Duran Duran adentra o palco, correndo, enrolado numa bandeira do Brasil e metido no último modelo do Manto Sagrado. A 10, obóvio. Parafraseando Arthur Muhlemberg, vizinho do Blog do Torcedor, foi a Letra AFA do Le Bon.
Uma revolução para um show que tinha tudo para passar quase despercebido por aqui.
O revés do saudosismo, tirando raríssimas exceções — e, nessas, nem vale citar os Stones porque os caras venderam a alma pro capeta —, é a cruel constatação de que o tempo passa. E que ele é implacável. Como o próprio vilão Duran Duran diz na letra da música The reflex, a mais pedida pelo público na noite de ontem, buy time, don't lose it. Ao completar 30 anos de existência este ano, o grupo, que comemora as três décadas com o lançamento do álbum Red carpet massacre, e imperava, no seu início, nas pistas de dança com um hit atrás do outro — Is there something I should know?, I don't want your love, Notorius, Wild boys, A view to a kill (essa mesma, do 007), todas presentes no set list da noite —, tem as baladas da carreira como referência.
Prova disso foi a presença de um público (bem pequeno, inclusive, para o Vivo Rio) relativamente jovem para tanta estrada e que cantou junto com Le Bon as letras completinhas de Save a prayer, Come undone e Ordinary world (música que agora me dá a impressão que Carolina Ferraz vai aparecer a qualquer momento, em slow motion), pontos altos de interação entre a banda e o público. Só faltou Matter of feeling.
Da nova safra, Falling down — single lançado em 2007 e que resultou na parceria com a dupla Timbaland e Timberlake, os atuais queridinhos da produção fonogáfica do rock internacional que bateram ponto, inclusive, em Hard Candy, o novo da Madonna — agradou. Assim como Nite runner, que é bem dançante. O 12º álbum da banda preferida da falecida Princesa Diana parece não ter grandes pitadas de saudosismo, mas é beeem Duran Duran. Le Bon, Rhodes, Taylor e Taylor (o outro Taylor da formação original foi substituído, no ano passado, pelo guitarrista Dom Brown) podiam é ter economizado um pouco na abertura, com a enorrrrrrme The valley, e no bis, porque Girls on film ficou tão esticada quanto o rostinho dos roqueiros... e nem precisava.
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N.B (ou nota da blogueira) - como eu sempre subo notas de shows no estilo crítica, dentro da medida do possível, claro, achei melhor deixar alguns comentários de fora. Mesmo porque, tenho meu próprio ombudsman, que me reprime (às vezes) pelo excesso de palavras de baixo calão que se costuma encontrar aqui. Bem, só as críticas-de-show-estilo-materinhas se salvam dos meus palavrões.
Mas desta vez burlarei essa regrinha básica.
nº 1 - foi DOCARALHO o Simon Le Bon com a camisa do Mengão!!!!!!
nº 2 - aí, John Taylor, vá tomá no cu, que mother fucker é puta que te pariu!
nº 3 - tinha algo de muito errado com uma safra de drogas consumida por Jimmy Page e Simon Le Bon; depois de ver o primeiro, em plena Apoteose, babando feito um mastif, ontem foi a vez de mister Le Bon, que deu várias cusparadas em um pano estendido estrategicamente no fundo do palco. NOJENTO!
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Prova de que Simol Le Bon é Mengão - tem sempre um maluco, em toda parte do mundo, com a camisa ou com uma bandeira do mais querido. Lá no gargarejo do Vivo Rio tinha um desses. E o povo, apesar de reduzido, tava dadeiro pra cacete. Jogaram um bagulhinho desses que pisca doidamente (essas porras que vendem na Rua da Alfândega), camisa, boné e uma bandeira com coisas escritas em inglês que nem prestei atenção (Le Bon já tava bon demais!).
A certa altura do show, varejaram pro Simon (só faltou ele ir no 53) um pano emboladinho que, dava para ver, era vermelho. Educado, ele se abaixou para pegar o presente. Fizeram isso com tudo, sempre chutando as paradas para um cantinho do palco. Le Bon pegou o pano e deu uma olhadela displicente.
Opa! Algo estranho acontece.
Ele abriu o pano e eu vi, era uma bandeira do melhor do mundo, com CRF e tudo. Deu pra perceber que o cara segurou o presente com mais carinho e, quando se esperava que o inglês se dirigisse ao fundo do palco para mandar outra cusparada, que nada! Ele vai pro backstage fazendo sinal para alguém que chega perto de pronto, para receber a parada e guardar.
Isso mesmo, senhoras e senhores, g-u-a-r-d-a-r.
Uma vez Flamengo, sempre Flamengo!
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Pra finalizar, a música que faltou, só de raiva!
Mas eles prometeram voltar antes de completar mais duas décadas!
UNION OF THE SNAKE
Telegram force and ready
I knew this was a big mistake
There's a fine line drawing
My senses together
And I think it's about to break
If I listen close I can hear them singers
Voices in your body coming through on the radio
The Union os the Snake in on the climb
Moving up it's gonna race it's gonna break
Through the borderline
Nightshades on a warning
Give me strength at least give me a light
Give me anything even simpathy
There's a chance you could be right
If I listen close I can hear them singers
Voices in your body coming through on the radio
The Union of the Snake in on the climb
Moving up it's gonna race it's gonna break
Through the borderline
1 comentários:
Eu fui neste show e também achei espetacular!! Muito bom!
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