Ainda pouco familiarizada com esse negócio de blocos carnavalescos, adotei, por três anos consecutivos, um traçado próprio para os desfiles do Imprensa que eu Gamo. Mesmo não tendo ficado sozinha desta vez, prevaleceu o meu itinerário.
Costumo seguir o carro de som até o finalzinho da Gago Coutinho (que é pequenininha). Este ano, fui um pouquinho mais à frente. Depois, volto na contra-mão da massa pululante, pego a Rua das Laranjeiras e fico na escada da igreja, aguardando o bloco passar. Dali dá para ver a bateria e fazer algumas das melhores fotos - este ano nem foi necessário...
Estava eu acomodadíssima na escada quando uma senhorinha senta, com alguma dificuldade, ao meu lado, e começa a puxar papo, com a maior facilidade. Eu sou péssima para determinar idades alheias. Já mencionei aqui que, 'vez em sempre', até esqueço a minha. Pois bem, chutando muito, mas muito mesmo, a coroinha devia ter algo em torno dos 70.
Digo isso mais pelo tom do papo do que pela aparência, propriamente - gordinha, cabelos pintados de preto, já um tanto ralos, poucas rugas profundas, mas uma pele bem castigadinha. O abre-alas do monólogo foi mais ou menos assim:
- Vocês têm que aproveitar muito a mocidade. Eu aproveitei. Beijei quem eu bem entendi, fui para a cama com quem eu desejei, casei, enviuvei, casei de novo. Pulei muito Carnaval. Só voltava para casa na Quarta-Feira de Cinzas. Não me arrependo de nada.
Falei nada. A dúvida era se aquilo foi um desabafo, uma puxada de papo comum às pessoas da terceira idade ou se a coroinha tava mesmo me criticando porque ue tava sentadinha ali na escadaria da igreja vendo o bloco passar.
Sorri, não dei corda e deixei para entender naquele recado divino num momento mais apropriado... sei lá...
Costumo seguir o carro de som até o finalzinho da Gago Coutinho (que é pequenininha). Este ano, fui um pouquinho mais à frente. Depois, volto na contra-mão da massa pululante, pego a Rua das Laranjeiras e fico na escada da igreja, aguardando o bloco passar. Dali dá para ver a bateria e fazer algumas das melhores fotos - este ano nem foi necessário...
Estava eu acomodadíssima na escada quando uma senhorinha senta, com alguma dificuldade, ao meu lado, e começa a puxar papo, com a maior facilidade. Eu sou péssima para determinar idades alheias. Já mencionei aqui que, 'vez em sempre', até esqueço a minha. Pois bem, chutando muito, mas muito mesmo, a coroinha devia ter algo em torno dos 70.
Digo isso mais pelo tom do papo do que pela aparência, propriamente - gordinha, cabelos pintados de preto, já um tanto ralos, poucas rugas profundas, mas uma pele bem castigadinha. O abre-alas do monólogo foi mais ou menos assim:
- Vocês têm que aproveitar muito a mocidade. Eu aproveitei. Beijei quem eu bem entendi, fui para a cama com quem eu desejei, casei, enviuvei, casei de novo. Pulei muito Carnaval. Só voltava para casa na Quarta-Feira de Cinzas. Não me arrependo de nada.
Falei nada. A dúvida era se aquilo foi um desabafo, uma puxada de papo comum às pessoas da terceira idade ou se a coroinha tava mesmo me criticando porque ue tava sentadinha ali na escadaria da igreja vendo o bloco passar.
Sorri, não dei corda e deixei para entender naquele recado divino num momento mais apropriado... sei lá...
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